A Meta, novo nome do conhecido Facebook, anunciou na última sexta-feira (19) as dez starups selecionadas para o Campo Digital – primeiro programa da Meta para aceleração de startups voltadas à agricultura na América Latina. O projeto, que é realizado em parceria com a aceleradora Baita, com sede na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), tem o objetivo de desenvolver soluções digitais para o agronegócio brasileiro.
Entre as selecionadas estão uma agfintech que oferece crédito para pequenos e médios produtores, uma startup que leva a digitalização para os cultivos hidropônicos, uma plataforma de gestão e controle de produção de peixes e camarão e uma plataforma para facilitar a comercialização de insumos para pecuária de corte.
As startups inscritas foram avaliadas por membros da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), da Embrapa Agricultura Digital, da Inova Unicamp, da Unife e do Instituto de Pesquisas Eldorado. Segundo a Meta, a avaliação considerou a relevância das propostas para a solução dos principais problemas enfrentados pelos agricultores, além de melhorar produtividade, eficiência e sustentabilidade do campo.
“Quando falamos em agronegócio, existem diversas soluções no mercado que atendem às grandes propriedades, mas não são acessíveis aos pequenos. Nosso objetivo é fortalecer empresas que estejam pensando e produzindo inovação e possam trazer mais eficiência e escala para o pequeno produtor, ao longo de toda a cadeia de produção”, diz a gerente de Políticas Públicas da Meta, Carolina Ferracini.
O que as selecionadas ganham com isso?
As selecionadas vão receber mentorias, orientação para definir objetivos e avaliar o modelo de negócio, palestras, workshops e networking com investidores, hubs e profissionais do agronegócio ao longo dos próximos quatro meses. As agtechs também passarão por uma capacitação técnica dirigida por especialistas da Esalqtec, incubadora de empresas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (Esalq), da Universidade Federal de Itajubá, do Instituto de Pesquisas Eldorado e da Unicamp.
Em abril de 2022, quando está previsto o encerramento do programa, as startups e a Baita definirão como as soluções serão oferecidas de forma independente. Investidores do agronegócio acompanharão apresentação dos modelos de negócios das agtechs, conforme a Meta.
Conheça as startups escolhidas:
AgroForte – São Paulo( SP) Agfintech de crédito para pequenos e médios produtores das cadeias de proteína animal. Com plataforma 100% digital, oferece crédito para adequações, compra de animais, custeio e insumos.
Fuga pras Colinas – Tapiraí(SP) Startup que orienta os produtores sobre como acessar internet de boa qualidade no campo.
Autoponia – Itajubá(MG) Startup digitaliza o cultivo hidropônico com monitoramento 24 horas, controle automático da nutrição, e relatórios com análises gráficas.
Fazenda Cheia – Florianópolis (SC) A agtech leva sua tecnologia ao rebanho bovino para acelerar a produtividade de pequenos e médios produtores rurais.
Agrity – Nova Mutum (MT) Plataforma que conecta compradores e vendedores de grãos de forma online e oferece recursos que auxiliam na condução, gerando assim maior lucro nas operações – tudo dentro de um mesmo ambiente e de uma forma ágil e segura. F
azu Rede de Fazendas Urbanas – São Paulo (SP) A agtech instala fazendas hidropônicas em locais sem prévio uso dentro de cidades, minimizando tempo e distância entre colheita e consumo e hortaliças em grandes centros urbanos.
IDGeo – Piracicaba (SP) A startup disponibiliza diagnóstico, monitoramento e gestão remota aos produtores do campo.
Aquabit – Cascavel (PR) Plataforma inteligente para a produção de peixes e camarões. O foco são pequenos e médios produtores que buscam uma solução para auxiliar na gestão e controle da sua produção com melhoria de processos e redução de custos.
BIA Technology – São Francisco do Sul (SC) A empresa ajuda produtores de leite a identificar em oito segundos a mastite bovina com uma raquete digital.
Central do Boi – Porto Alegre (RS) Ecossistema online para facilitar a comercialização de gado e insumos para a pecuária de corte.
(Com informações Canal Rural)