IoT na agricultura: mais precisão e controle das lavouras

Tudo está conectado nos dias de hoje. A tecnologia avançou de forma muito rápida nos últimos dez anos, fazendo com que todos nós busquemos nos atualizar e utilizar os dispositivos que trazem facilidades e ajudam com atividades do dia a dia. E no agronegócio não é diferente! A conectividade no campo já é uma realidade no Brasil, com diversos produtores utilizando aplicativos e aparatos tecnológicos para ter um maior controle de suas lavouras.

Se você começar a pesquisar sobre esse tema, certamente vai se deparar com o termo “Internet das Coisas”, ou pela sigla IoT (Internet of Things, em inglês). Isso se refere a uma revolução tecnológica que tem como objetivo conectar todos os equipamentos e dispositivos à rede mundial de computadores. Esse cenário trouxe uma revolução na vida de todo mundo. Os objetos ligados à internet, coletando dados o tempo todo, ajudam a levar informações necessárias para um melhor desempenho em diversas áreas. Isso tudo combinado ao processamento dos dados por meio da Inteligência artificial – que justamente possibilita o aprendizado e o desempenho de dispositivos de forma extremamente automatizada – facilita diversos processos, em todas as áreas produtivas, culminando em trabalhos mais efetivos e com mais precisão.

Para os agricultores, esse movimento se mostra como muito benéfico, pois ajudará a trazer informações preciosas para o trabalho no campo. O governo federal, inclusive, criou um Plano Nacional de Internet das Coisas, no final de 2019. O objetivo da ação é implementar e desenvolver a IoT no Brasil, focando na melhoria da qualidade de vida da população, no aumento da eficiência nos serviços e no incremento da produtividade. Foi firmado um apoio do BNDES junto com bancos privados e empresas nacionais que estão investindo cerca de R$ 200 milhões em tecnologias de hardware, software e plataformas para a Internet das Coisas.

O setor do agronegócio foi colocado como destaque para receber incentivos para digitalização. O governo possui como foco aumentar a produtividade e relevância do Brasil no comércio mundial de produtos agropecuários, destacando a elevada qualidade e sustentabilidade socioambiental, além de posicionar o País como o maior exportador de soluções de IoT para a agropecuária tropical.

E isso vem, realmente, em boa hora. Um estudo feito pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) mostrou que apenas 5% da área agricultável do país está conectada à internet. Por isso, uma possível solução, seria acelerar a adoção de IoT e de outras tecnologias nos negócios de pequenos agricultores, facilitando assim o acesso a meios digitais a todos.

E como o agricultor pode se beneficiar com a IoT?

São várias as aplicações no campo. É possível tomar decisões mais assertivas no uso de fungicidas, acompanhar as condições climáticas de forma mais precisa e ainda controlar o uso de água nas propriedades. São facilidades que ajudarão, certamente, o produtor a se tornar mais competitivo.

A comunicação pode ser facilitada por meio de sensores, que utilizam o rádio digital como via de transmissão de voz e de dados, aumentando, assim, a segurança e impulsionando a produtividade e o lucro. Essa linha direta ajudará e muito na agilidade de recebimento de informações, auxiliando em tomadas de decisões mais rápidas e eficientes.

Também é possível otimizar o tempo e logística do maquinário, utilizando softwares de gestão. Por meio do monitoramento à distância e em tempo real dos tratores, caminhões e colheitadeiras, é possível reduzir os gastos com combustível, perdas no processo de produção e medir o impacto ambiental. Existem também dispositivos conectados ao maquinário que demonstram quando eles precisam de manutenção, ajudando, assim, a evitar imprevistos.

O controle de pragas também pode se tornar muito mais eficiente com sensores Iot instalados nas lavouras. Eles transmitem informações em tempo real sobre a saúde das plantações, capturando imagens não visíveis a olho nu. Além, também, de coletar dados sobre padrões de comportamento das pragas. Dessa forma, é possível encontrar meios de combatê-las muito mais rapidamente, evitando perdas na colheita.

Sensores também possibilitam observar a quantidade exata de água a ser utilizada nas lavouras, o que ajuda, e muito, no processo produtivo e a evitar perdas pelo uso excessivo ou pela falta de irrigação.

A aplicação de todas essas tecnologias, para ser realmente benéfica ao processo produtivo, precisa vir acompanhada de uma boa gestão por quem trabalha na lavoura. Por isso, é necessário que os produtores pensem na educação digital de todos que fazem parte do seu time de funcionários. Dessa forma, a balança estará equalizada e as lavouras irão ser totalmente transformadas, trazendo como metas uma maior produtividade e mais rentabilidade.

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