Criptomoeda da cannabis: startup brasileira cria moeda digital verde para compensar CO2

De olho no meio ambiente e nos impactos dos gases poluentes na atmosfera, a startup brasileira Kanna criou a primeira criptomoeda da cannabis. O Token KNN, que está atrelado a uma fração do impacto gerado pelo cânhamo, irá promover impacto ambiental através do beneficiamento de solos, remoção de CO2 e melhora da economia local através da geração de empregos e também do investimento em comunidades.

A empresa, que está olho em um mercado que deve chegar a US$ 105 bilhões até 2026, de acordo com estudo de 2021 da Prohibition Partners, uniu de forma inovadora o mercado promissor do cânhamo com a tecnologia blockchain (banco de dados descentralizado que permite o compartilhamento transparente e imutável de informações).

Vale salientar que o cânhamo, planta da família da Cannabis, contém apenas 0,3% de tetrahidrocanabinol (THC), o princípio ativo que causa efeitos psicoativos. Na maconha esse número chega aos 30%, de acordo com especialistas do setor.

“Nossa expectativa é que até o fim de 2026 a Kanna tenha certificado o impacto gerado por uma área de mais de 6 mil hectares de cultivo de cânhamo e removido milhares de toneladas de CO2 da atmosfera, visando atuar em regiões vulneráveis com solo degradado e baixo IDH”, diz Luis Quintanilha, fundador da Kanna.

Como funciona o Token Knn?

De acordo com informações da empresa, cada ativo digital da chamada criptomoeda da cannabis está atrelado a uma fração do impacto gerado pelo cânhamo. Com o diferencial de que parte dos resultados são reinvestidos para a comunidade local, por meio da realização de benfeitorias na região. O restante é investido na expansão da operação, gerando aumento gradativo do impacto total.

“Acreditamos que investir em setores lucrativos como o da cannabis e criptomoedas é uma oportunidade para gerar impacto socioambiental positivo. O KNN é um ativo digital que causa impacto no mundo real e aumenta sua eficiência ao longo do tempo”, explica Quintanilha.

Os desenvolvedores da moeda verde dizem ainda que quem possuir tokens KNN apoiará um projeto de inovação e impacto positivo para o planeta, tudo através de uma operação de cultivo de cânhamo auditada e registrada na Blockchain.

A escolha da área a ser certificada precisa estar de acordo com alguns critérios, como:

  • Ser uma área com um IDH abaixo da média da Região (estado/país);
  • Ter um solo degradado que possa se beneficiar do processo de fitorremediação;
  • Ter condições de clima e terreno favoráveis ao florescimento da planta;
  • Ser uma região onde a legislação esteja preparada para a operação da Kanna;

A empresa ainda explica que os membros possuem tokens KNN poderão utilizá-los para acessar grupos fechados no discord da empresa mediante validação via wallet ou email para obterem benefícios exclusivos na rede parceira da Kanna, participar de discussões estratégicas sobre ESG, Cannabis, Blockchain e outros assuntos do interesse do grupo, além de ter acesso a premiações e certificados NFTs exclusivos. No futuro, membros poderão compensar a sua pegada ambiental através de mecanismos da plataforma.

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