3 inovações que podem alimentar o mundo no futuro

Alguns países já adotam inovações que, em larga escala, têm o potencial de minimizar o desperdício e expandir a distribuição de alimentos.

Enfrentamos desafios significativos quando se trata de garantir o abastecimento alimentar global. Nos últimos 12 anos, a população mundial aumentou de 7 bilhões para 8 bilhões. E estima-se que chegará a cerca de 10,4 bilhões até a década de 2080, de acordo com projeções da ONU. Isso significa que teremos muitas bocas para alimentar.

Ao mesmo tempo, a crise climática está causando escassez e aumento nos preços dos alimentos, conforme indicado pelo painel de mudanças climáticas das Nações Unidas. Além disso, algumas culturas também estão perdendo seu valor nutricional.

Enfrentar esse desafio exigirá uma nova revolução agrícola. Como as inovações capazes de aumentar a produção de alimentos sem prejudicar o planeta, por exemplo.

Inovação nº1: revestimentos à base de plantas 

Os revestimentos comestíveis à base de plantas são uma solução promissora para combater o desperdício de alimentos. Segundo a ONG WWF, cerca de 40% dos alimentos cultivados globalmente nunca são consumidos. Perdendo-se durante a colheita, na cadeia de suprimentos ou por preocupação nas prateleiras e em nossas casas.

Dessa forma, uma abordagem para aumentar a vida útil dos alimentos é aplicar um revestimento comestível feito à base de plantas. Conforme mencionado por Richard Munson, autor de “Tech to Table: 25 Innovators Reimagining Food”. 

Contudo, ele destaca a empresa norte-americana Apeel como exemplo, que desenvolveu revestimentos “insípidos, inodoros, invisíveis e comestíveis”. Compostos por preparados graxos e outros compostos orgânicos extraídos das cascas e polpas dos alimentos. Assim, esses revestimentos são considerados inovações, e atuam como uma barreira física, mantendo a temperatura dentro e o oxigênio fora. E podem dobrar a vida útil de produtos como abacates, laranjas e outros.

Além disso, o pesquisador na Índia também está trabalhando no desenvolvimento de revestimentos comestíveis que podem ajudar a manter os alimentos frescos por mais tempo.

Inovação nº2: insetos como base de proteínas

O cultivo de insetos como fonte de proteína está se tornando uma opção cada vez mais popular em várias regiões do mundo. Além de ser uma fonte tradicional de proteína em partes da África, Ásia e América do Sul. Em 2020, a Nestlé lançou a ração Purina Beyond Nature’s Protein, que incorpora proteína de insetos, painço e favas.

Assim, Singapura é um exemplo de local onde a empresa Insectta está cultivando larvas de mosca-soldado negras para uso na alimentação animal. Essas larvas são alimentadas com resíduos de alimentos, como subprodutos de fábricas de soja e cervejarias, esperançosas para o aproveitamento de recursos alimentares alternativos e redução do desperdício.

Inovação nº3: agricultura de precisão

A diversidade das terras agrícolas em todo o mundo muitas vezes resulta em profissionais que não consideram a complexidade e variabilidade do solo. Essa é a consideração de Chandra A. Madramootoo, professor de Engenharia de Biorecursos da Universidade McGill, no Canadá.

Uma solução para isso é a adoção da agricultura de precisão, uma abordagem que envolve a seleção de culturas e a aplicação de produtos químicos e água em zonas de terra e solo com características semelhantes. Isso pode ser realizado por meio de mapeamento digital, utilizando tecnologias como drones e sensores para identificar o tipo e as características do solo. 

Dessa forma, a modelagem geoespacial, por meio de modelos estatísticos que consideram as características do solo e topografia, permite agrupar áreas da paisagem com propriedades semelhantes.

Com isso, essas práticas combinadas podem ajudar a aumentar a captura de carbono nos ecossistemas agrícolas, conservar a água e reduzir a contaminação química em paisagens agrícolas complexas, conforme mencionado por Madramootoo.

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