Durante o painel “O crescimento das criptomoedas pode expandir o agronegócio” no primeiro dia do South Summit Brazil 2023, a CEO da empresa Agricon Business, a publicitária Eduarda Schneider, uma das participantes da mesa de debates, revelou que a disrupção tecnológica consegue aumentar em até 20% o lucro na negociação de grãos no Brasil. O que a empresa faz pelo uso da blockchain em toda cadeia de suprimentos.
A empresária contou que a ideia surgiu por conta das dificuldades enfrentadas pelo pai dela, que negociava sempre com os mesmos compradores de sua produção de soja e milho em uma fazenda do interior gaúcho. A executiva explicou que, além de reduzir o risco de vazamento de informações sensíveis como do Cadastro Ambiental Rural (CAR), o blockchain encurta a distância entre os produtores e o mercado internacional, aumentando a possibilidade de lucro.
“É um custo do comprador, não do produtor rural. O produtor, por retirar os intermediários, na soja transgênica, consegue de R$ 2 a R$ 5 a mais por saca, e em grãos não-transgênicos e orgânicos consegue até 20% a mais. Então, a gente consegue uma bonificação melhor”.
Schneider revelou que atualmente a empresa atende 750 produtores de oito estados brasileiros e conta com 27 compradores cadastrados. Em relação aos produtos, a empresa soja, milho, arroz orgãnico, café e castanhas cultivadas na Amazônia.
O cofundador da empresa Antonio Loureiro também destacou a importância da rastreabilidade nos mercados internacionais e acrescentou que. Não só entrega todas as informações e dados legítimos de todos os produtos, mas também de assuntos mais sensíveis, como a Amazônia, que é uma preocupação do mundo.
