A Amazônia contém mais da metade da biodiversidade do planeta e representa um terço das florestas tropicais do mundo, de acordo com dados do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM). Preservá-la é mais do proteger o Brasil, mas também o mundo. Então, para viabilizar a sua preservação ambiental, uma startup brasileira criou uma plataforma que conecta investidores a pequenos produtores do bioma.
O software da startup Coill, agrofintech que incentiva a adoção de florestas, permite que os agricultores cadastrem suas áreas preservadas, dentro das regras ambientais. A tecnologia, então, media a negociação com um investidor, que adota um hectare desta terra por um valor de 27 centavos de dólares por dia, totalizando 100 dólares por ano.
“A Amazônia precisa ser preservada, mas não podemos fechar os olhos para o pequeno produtor, que acaba tendo grande parte de sua terra sem uso. Então, criamos uma forma de ajudar as duas pontas do problema: trazendo investidores para incentivar a preservação obrigatória dessas áreas”, comenta Fábio Marques, CEO da Coill.
Amazônia em evidência no mundo
De acordo um levantamento realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), entre o período de agosto de 2019 até julho de 2020 houve um total de 11.088 km² de área desmatada. Isso tem colocado a Amazônia em alerta no mundo todo.
Um estudo do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) mostra que cerca de 20,3 milhões de pessoas vivem no bioma amazônico. Mais de 30% delas são pequenos produtores que vivem em em áreas rurais. “Tendo sua terra regularizada, ele consegue ter mais essa renda, além de sua produção. Para que possa disponibilizar sua floresta para adoção, é preciso estar de acordo com a lei, então trazemos esse incentivo para que preservem a Amazônia”, explica Marques.
Além do produtor, o investidor que adota a área de preservação também tem vantagens. A startup fornece selos e certificações de Investidor Verde para quem investir na preservação das terras. Assim, as pessoas saberão que a a empresa, além de se preocupar com a preservação, ajuda os produtores locais.
“O mundo atual se preocupa com o consumo consciente, e ter esta certificação que sua empresa atua na preservação diretamente, é uma boa forma de atrair investidores para seu negócio. A marca apresenta sua preocupação com ações, que buscam resolver os problemas, e não somente com palavras”, exalta Fábio Marques.
(Com informações do Ag Evolution)