Sensor dentro do rúmem é solução tecnológica para saúde e produtividade de vacas leiteiras

Vacas produzem mais leite quando estão felizes. Isso não é apenas jogada de marketing, mas um fato compartilhado por muitos especialistas do setor. Às vezes, é difícil alcançar o nível de atenção necessário para atender todas as vacas e a solução pode estar na tecnologia.

O produtor Adam Hurtgen, dos Estados Unidos, encontrou uma empresa austríaca (smaXtec) que rastreia o estado de saúde de vacas individuais usando inteligência artificial (IA) e Internet das Coisas (IoT).“O futuro da agricultura é de alta tecnologia”, disse ele.

Através de um sensor, que é engolido pela vaca e localizado dentro do rúmen – o primeiro estômago – é possível medir importantes parâmetros de saúde e digestão. O dispositivo mede a temperatura do animal, sua atividade e ciclos de ingestão e a atividade de seu rúmen em termos de contrações musculares para monitoramento da ruminação.

Imagem: Ralphs_Fotos / Pixabay 

Os dados obtidos são transmitidos do sensor para um hub, cujo alcance pode ser modificado com uma antena para se adequar à escala de qualquer operação em termos de galpões de leite ou áreas de pastagem ou “piquetes”.

O sistema recebeu o nome de tecnologia “Connected Cow” e faz parte de um conjunto mais amplo de plataformas de conectividade global que a AT&T, líder em IoT, está desenvolvendo para a agricultura.

“Avaliamos outros sistemas de monitoramento no passado, mas nenhum realmente mudou os resultados como o smaXtec. O sistema foi o mais preciso que já vi e instalá-lo em nossa fazenda rapidamente rendeu resultados”, disse Hurtgen.

A empresa desenvolveu também um software que sumariza os dados e os reporta para múltiplas plataformas de smartphones a computadores em tempo real. Usando dados de centenas de operações, eles desenvolveram algoritmos para interpretar os dados e reconhecer padrões que refletem problemas específicos.

“A solução inteligente da smaXtec fornece dados inestimáveis de dentro da vaca, que é um exemplo fantástico do que pode ser feito quando um cliente aproveita a escala da conectividade IoT da AT&T”, disse Joe Mosele, vice-presidente de mobilidade, IoT e 5G da AT&T .

Com essa tecnologia os problemas de saúde do animal podem ser detectados até quatro dias antes dos sinais clínicos. Isso permite que as vacas sejam tratadas com um ou dois níveis de cuidados preventivos, como probióticos ou suplementos alimentares que podem muitas vezes evitar a necessidade de um tratamento mais agressivo.

“No final do dia, quando nossas vacas estão saudáveis e felizes, temos mais leite no tanque para vendas”, disse Hurtgen.

O sistema smaXtec ajuda ainda a fornecer informações valiosas sobre a fertilidade de uma vaca. Com base em pistas de desvio da atividade regular da vaca, temperatura e atividade ruminal, os cientistas de dados identificaram as pistas que indicam que uma vaca está em estro – o que significa que está pronta para a inseminação artificial para iniciar seu próximo bezerro. Perder essa janela é bastante caro em termos de produção perdida.

Os sensores também conseguem identificar com antecedência quando uma vaca prenhe está pronta para dar à luz, notificando seus tratadores entre 36 e seis horas antes do parto.

Segundo os desenvolvedores, o custo operacional diário está na faixa de 12-14 centavos de dólar/dia por vaca para vigilância 24 horas. É uma boa opção para os produtores que abastecem o segmento de mercado de alta qualidade. A tecnologia já está sendo usada em 25 países, incluindo Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido, e a expectativa é que nos próximos anos haja um milhão de vacas conectadas.

(Informações do Milk Point)

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