Venture capital ganha força e pode ser alternativa vantajosa para o agro brasileiro

A pandemia transformou a realidade de muitas empresas, que tiveram que se reinventar para continuarem no mercado. Mas, mesmo em meio a um cenário incerto, muitas startups surgiram e começaram a ganhar força, trazendo inovações. Ao enxergar potencial, pessoas e, até mesmo, empresas, começaram a investir, através do chamado venture capital.

Venture capital, ou capital de risco, é uma modalidade de investimento que foca em empresas de até médio porte, com alto potencial de crescimento. O objetivo é injetar dinheiro nessas empresas e colaborar com seu crescimento e desenvolvimento. “O venture capital é um processo que deve ser ganha-ganha. A startup recebe dinheiro e expertise para acelerar seu negócio. Por outro lado, o investidor que entra em uma rodada conosco precisa ter um retorno compatível com o risco que corre. Por se tratar de um investimento de risco, o caminho do venture capital, ao contrário do aporte direto em uma única empresa, é uma maneira de mitigar este risco”, contou o CEO da Inbix Ventures, Luciano Döll.

A Inbix é uma empresa de venture capital, nascida no início de 2022, que prospecta startups em fase inicial de desenvolvimento. Quando a startup é selecionada, é realizado um processo de aceleração para que ela possa validar seu produto ou serviço e, assim, multiplicar seu valor de mercado.

A Inbix segue uma tese de investimento onde constam os critérios que norteiam a decisão de que tipo de startup investir e o valor do investimento em cada empresa, entre outros fatores. E esse tipo de investimento, traz vantagens não só para as startups, mas também para o investidor.

“Pelo lado da startup, por meio do smart money (recurso financeiro + expertise), somos capazes de permitir o crescimento de uma startup em pouco tempo. Sem aceleração, uma startup talvez atingisse os mesmos resultados, porém com o risco de demorar muito tempo. Considerando a exponencialidade dos mercados, as startups precisam estar preparadas para validarem suas soluções em tempo adequado, criando barreiras de entrada no setor que atuam. Pelo lado do investidor, apostar em startups é uma alternativa de diversificação, com possibilidade de retorno alto e estratégico, no caso de empresas”, disse.

As startups

Nos últimos anos as grandes empresas começaram a perceber a importância de se aproximar das startups. “Com isso, investidores, até mesmo corporativos, começaram a aumentar suas apostas nas chamadas ventures. Nesse cenário, o ecossistema de inovação brasileiro despertou para uma realidade que já era mais tangível em outros países e mercados”, disse Döll.

O profissional acredita que o mercado das startups ainda vai crescer muito. Outro fator de peso, que vem de encontro com essa afirmação, é que elas conseguem se adaptar muito mais rapidamente às dinâmicas impostas pela nova economia. “A tecnologia pode mudar modelos de negócio, aumentando a possibilidade de escalabilidade em processos e produtos”, falou.

De acordo com o CSO da empresa, Cassiano Moro Piekarski, a Inbix Ventures segue uma tese de investimentos que dá prioridade para edtechs (educação), construtechs (construção civil), cleantechs (relacionadas a ESG), logtechs (logística) e agtechs (agronegócio). “Todavia, estamos abertos a ouvir e conhecer projetos que não necessariamente se encaixam em um destes setores”, acrescentou Piekarski.

Investidores

Pessoas físicas ou jurídicas podem investir. O investidor fará parte de um SCP (sociedade em conta de participação). Cada rodada é representada por um SCP. O SCP tem um tempo máximo de 7 anos para finalizar, todavia ele pode encerrar antes de acordo com a evolução das startups. “O investidor precisa compreender que não é um investimento que tem liquidez. Além disso, o investimento em startups representa um investimento de risco. É importante que o investidor tenha mentalidade equity, pois o conceito envolve a aquisição de uma parte pequena da startup. Todos os retornos financeiros são reinvestidos no próprio negócio. A ideia não são dividendos e sim, aumento do valuation”, explicou Piekarski.

A Inbix Ventures

A Inbix nasceu com a expertise da KMM, com 24 anos de vida. Atualmente, cerca de 10% do frete rodoviário nacional é processado por tecnologias da KMM. “A KMM tem casos de sucesso envolvendo aquisição e fusão de empresas (M&A), bem como logtechs que nasceram na empresa e hoje tem expressiva representatividade nacional”, disse Piekarski.

Já executivos da Inbix apresentam ampla vivência acadêmica. Döll e Piekarski contam com trajetórias importantes na UEPG e UTFPR. “A combinação das experiências de mercado e acadêmicas trazem para a Inbix uma realidade bem fundamentada, complementar e, também, prática. Deste modo, acreditamos na competência do nosso time para selecionar, acelerar e promover o sucesso das startups”, falou.

A Inbix Ventures é formada, atualmente, por três sócios fundadores, o Luciano Döll, o Cassiano Moro Piekarski e o terceiro é uma pessoa jurídica, a KMM, empresa de destaque nacional em tecnologias para logística. A KMM possui um programa de partnership com mais de 20 sócios. Todos fazem parte do time da Inbix, como mentores. Além dos sócios fundadores, como uma empresa de sociedade anônima, ela é apta a receber novos sócios.

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