Conheça o proton: a proteína revolucionária para alimentação de animais

Com o objetivo de diminuir a pegada de carbono dos alimentos para animais, uma empresa de biotecnologia chamada Deep Branch está produzindo um alimento rico em proteínas que foi apelidado de “proton”. A fabricação é baseada em um processo de fermentação de gás em que os micróbios se alimentam de dióxido de carbono (CO2), hidrogênio produzido por eletrólise e água.

Nomeado de “React First” o projeto já recebeu 3 milhões de libras de um financiamento da Innovate UK, uma agência pública britânica dedicada a promover a inovação. Com essa pesquisa, os cientistas pretendem usar proteínas unicelulares, por meio de um processo de fermentação com leveduras, bactérias ou algas. Essas plantas são facilmente encontradas em qualquer lugar onde haja a matéria-prima que os microorganismos normalmente usam: metano, etanol, açúcar, biogás ou mesmo madeira.

O desafio, contudo, é fazer com essas células únicas sejam fabricadas em escala comercial, diz Laura Krishfield , pesquisadora associada da empresa de análises Lux Research. Além da Deep Branch, este desafio também envolve empresas como a Drax, maior produtora de energia renovável do Reino Unido, e a rede de supermercados Sainsbury’s.

“As proteínas unicelulares carregam um enorme custo de investimento”, revelou Laura. “Vimos que as instalações para isso custarão mais de US$ 100 milhões, então não serão baratas. E muitas delas trazem outros desafios importantes, como o acesso aos gases que são usados como matéria-prima”, disse.

A Deep Branch tem acesso ao dióxido de carbono de industrias parceiras, que realizam o armazenamento de tudo o que é produzido. “Eles estão se esforçando muito para colocar a infraestrutura, para que tenhamos acesso ao nosso CO2 da mesma forma que no nível residencial você tem acesso ao gás natural e à eletricidade. Basicamente, torna-se um serviço para nós. E o mesmo acontece com o hidrogênio, que é o outro ingrediente de que precisamos”, disse Peter Rowe, CEO da empresa.

Segundo os especialistas, esse processo toda gera uma redução de 90% na pegada de carbono da proteína, em comparação com os métodos tradicionais.

(Com informações de Época Negócios)

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