O agronegócio é uma das atividades que mais recebem críticas em relação aos impactos ambientais. Mas o que muita gente não sabe é que o Brasil é um dos líderes mundiais quando se trata de preservação de mata nativa, graças a inúmeras inovações e tecnologias que estão sendo adotadas no país. De acordo com um mapeamento realizado via satélite pela NASA, enquanto a maioria dos países ocupa entre 20% e 30% do território com agricultura, o Brasil utiliza apenas 7,6%.
Durante a 26ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-26) o Brasil assumiu diversos compromissos para reduzir a emissão dos gases causadores do efeito estufa. E o agronegócio brasileiro acaba saindo na frente, como um dos principais responsáveis para que as metas sejam atingidas.
O uso de tecnologias para a agricultura e pecuária, como é o caso dos sistemas integrados lavoura-pecuária-floresta (ILPF), plantio direto, bioinsumos, entre outras, colaboram muito com as metas de sustentabilidade.
Mas apesar do cenário otimista, o agro tem ainda um desafio grande pela frente: a descarbonização do setor. Isso porque o país possui o maior rebanho bovino do mundo e a fermentação entérica – processo digestivo que ocorre em animais como bois, ovelhas e cabras – acaba liberando gases, que provocam o efeito estufa.
Tecnologia x Aumento da produtividade
A mudança na alimentação dos animais e o desenvolvimento de sistemas integrados, como o ILPF, acabam trazendo um equilíbrio às emissões de carbono. Esse sistema permite que a produção agrícola, criação de bovinos e plantação de árvores seja feitas em uma mesma área. Todas as frentes saem ganhando, inclusive em aumento de produtividade.
Com o aumento da produtividade, que acontece graças à adoção de tecnologia, há também uma economia nas terras de cultivo. De acordo com uma reportagem da Gazeta do Povo, o uso dessas tecnologias gerou uma economia de 71 milhões de hectares de áreas plantadas. Isso equivale à soma dos territórios de Irlanda e França.
É a era da tecnologia!
(Com informações da Gazeta do Povo)