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Inteligência artificial está promovendo a inclusão na pecuária de corte

Um sistema desenvolvido pela Prodap – empresa de tecnologia na pecuária – está ajudando a pecuária de corte na tomada de decisões. Através da inteligência artificial a tecnologia coleta informações de toda a fazenda e faz uma correlação entre eles, oferecendo soluções a partir dos dados recebidos.

Com a Lore, nome dado ao software, os pecuaristas podem coletar dados de como está a qualidade da água, a quantidade de animais naquele pasto, o ciclo da forrageira, a quantidade de quilos de ração que um vaqueiro colocou no cocho e amarra essas informações.

A partir das informações coletadas, a inteligência artificial aprende e transforma tudo em solução. De acordo com Breno Cerqueira, diretor de inovação e tecnologia da Prodap, empresa responsável pela tecnologia, ela facilita a rotina porque transforma dados que podem ser difíceis de ser interpretados em informações que podem ser assimiladas de modo mais didático.

A Lore é capaz de pegar a quantidade, o tamanho do lote que tem no pasto, o peso médio desses animais, quantas vezes o vaqueiro naquele lote para colocar uma determinada quantidade de ração no cocho e começa a predizer quando vai faltar comida naquele cocho. “Ela avisa para o vaqueiro ou para o pecuarista quais são os pastos em que está faltando comida ou que vai faltar amanhã, dali a dois dias”, disse Breno. Assim, é possível atuar direto na rotina da fazenda, melhorando o resultado final que o pecuarista obtém.

Um exemplo prático de propriedade que está melhorando a gestão e os resultados vem do interior de Goiás, onde o pecuarista Ricardo Espírito Santo, diretor da Fazenda Bom Sucesso, localizada em Goianápolis, está implementando com sucesso a inteligência artificial dentro da porteira.

O pecuarista afirmou ao Canal Rural que a inteligência artificial atua na propriedade aproveitando a ronda dos vaqueiros em diversas áreas da fazenda. Ela registra informações que serão interpretadas pela plataforma para ajudar nas tomadas de decisão. O campeiro coleta, por meio de um smartphone, dados sobre altura de capim, condição de pasto, leitura de cocho, consumo de suplementação e condições sanitárias, por exemplo, para que isso seja interpretado pelo sistema e se torne a base da tomada de decisão.

O software oferece uma série de informações. Uma curiosidade interessante é que você sabe que um dos indicadores que demonstram que os animais estão sendo bem nutridos ou não indicadores é o escore de fezes. O vaqueiro vai no pasto e naquele lote de gado ele fotografa as fezes dos animais e coloca no aplicativo. Então, na mesma hora, ele vê todas essas informações, sem a necessidade de internet. Quando chega ao escritório, na sede da fazenda, com esse celular, automaticamente ele sincroniza no computador e o pecuarista recebe as informações.

Essa tecnologia ao invés de substituir o vaqueiro, promove a sua inclusão social, pois fornece informações importantes para ele ser o gestor da pecuária. “É interessante que esse conhecimento todo fica na palma da mão do vaqueiro […] e é por isso que a gente fala que ele deixa de ser um mero vaqueiro vira um gestor, porque a gente começa a enviar informação para ele no momento certo para ele tomar uma decisão ou seguir uma sugestão que vai melhorar o resultado da fazenda”, falou Cerqueira ao Canal Rural.

(Com informações do Canal Rural)

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