Teve início nesta quinta-feira (30), em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, a 28ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP28. O evento, que vai até dia 12 de dezembro, receberá cerca de 70 mil pessoas de 200 países para discutir sobre o futuro do meio ambiente.
O mundo passa por episódios climáticos extremos e essa discussão busca respostas e, acima de tudo, medidas para evitar uma catástrofe global. Em um comunicado oficial, a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (UNFCCC) afirmou que “a conferência é realizada naquele que já é conhecido como o ano mais quente da história, e num momento em que os impactos da crise climática causam estragos sem precedentes na vida humana e nos meios de subsistência em todo o mundo”.
Com o objetivo principal de estabilizar a emissão de gases de efeito estufa na atmosfera, a COP28 tratará, nas quase duas semanas de debates, de diversos temas importantes. Será feito, por exemplo, um balanço sobre quais países cumprem a meta estabelecida em 2015 pelo Acordo de Paris. Outros temas em pauta:
- Estabelecer mecanismos para limitar o aquecimento global a 1,5 °C em relação aos níveis pré-industriais;
- Estabelecer medidas para proteger florestas;
- Estabelecer medidas para atingir a neutralidade na emissão de carbono até 2050;
- Encontrar formas de ajudar os países mais vulneráveis, que são mais impactados pelas temperaturas extremas;
- Fazer um possível acordo para eliminar gradualmente todos os combustíveis fósseis do planeta.
Brasil na COP28
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve fazer um discurso na COP28, no dia 1° de dezembro. Além dele, os representantes do Brasil devem defender o país como sendo exemplo de matriz energética limpa. No encontro, o governo brasileiro pretende cobrar recursos para reparação de países menos desenvolvidos, defender a redução do desmatamento e a adoção de uma forma de captação de recursos a preservação de florestas.