Uma seca severa atinge o estado do Amazonas e já afetou mais de 630 mil pessoas, segundo boletim divulgado no último domingo (22) pela Defesa Civil do estado. O nível do Rio Negro, em Manaus, caiu, pela primeira vez em 121 anos, à casa dos 12 metros, chegando aos 12,89. Ao todo, 59 cidades estão em situação de emergência em razão da estiagem.
Confome divulgou a Defesa Civil, 158 mil famílias foram afetadas pela seca que ocorre este ano. A situação no estado é alarmante. No período de janeiro a 21 de outubro foram registrados 17.691 focos de calor no Amazonas. Somente em outubro já foram registrados 3.060 focos.
Para evitar o desabastecimento de itens básicos para as mais de 2,3 milhões de pessoas que vivem na região, o governo federal disponibilizou cerca de R$ 100 milhões para ações emergenciais de dragagem de trechos do rio em pontos críticos, próximos à cidade de Itacoatiara e Manaus.
A dragagem deverá começar ainda na segunda quinzena de outubro, de acordo com informações do Ministério dos Portos e Aeroportos. O órgão afirmou que os trâmites para a contratação emergencial da dragagem já foram iniciados. “As embarcações que operam no terminal graneleiro (Hermasa Itacoatiara/grãos) e nos principais terminais de contêineres da Zona Franca (Chibatão e Superterminais) estão com capacidade reduzida. A dragagem vai impedir impactos no valor do frete e no prazo para disponibilização de produtos que são escoados pelas hidrovias do Arco Norte”, informou a pasta.
A Marinha, por meio do Navio de Assistência Hospitalar Soares de Meirelles, em ação conjunta com o Exército e autoridades locais, distribuiu, na semana, passada cerca de 6 mil cestas básicas e 1,1 mil caixas de água mineral em municípios da região do Alto Solimões.
Segundo a Marinha, o navio é “o principal meio de transporte para distribuição de cestas básicas e suprimentos essenciais na região”. A embarcação deve percorrer 1.350 quilômetros, incluindo os municípios de Benjamin Constant, Atalaia do Norte, Amaturá, Santo Antônio do Içá e Tonantins.
(Fonte: Agência Brasil, Agência Amazonas, e G1)