Produtos de origem animal e vegetal de entrada proibida no Brasil foram apreendidos no aeroporto de Guarulhos na semana passada, entre 11 e 15 de dezembro. Os flagrantes ocorreram com a ajuda de Meg e Vamp, duas cadelas farejadoras treinadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para detectar produtos de natureza orgânica em bagagens de passageiros.
A fiscalização que o Mapa faz nesse material busca evitar a entrada de produtos que possam colocar em risco da agropecuária nacional. Alimentos in natura, sementes, pós, conchas e outros itens podem portar patógenos ausentes no Brasil e que ameacem a segurança da produção brasileira. Por isso, há auditores fiscais do ministério atuando em todos os pontos de fronteira do país.
Durante a semana, a equipe recebeu o reforço de outros dois especialistas na fiscalização com cães farejadores: Tatiane Meireles Cunha, do aeroporto de Brasília, e João Gilberto Beggiora, de Curitiba, se juntaram a Eduardo Alves Barbosa Figueiredo e Montemar Shoussuke Onishi, de Guarulhos, que coordenam o trabalho de Meg e Vamp. Beggiora é um dos profissionais mais experientes nessas abordagens.
“O trabalho conjunto ajudou a padronizar procedimentos e trocar experiências, além de mostrarmos as ações de fiscalização que a equipe K9 (de cães) realiza em Guarulhos”, explicou Montemar.
No total, foram apreendidos cerca de 100 quilos de mercadorias, sendo quase 90 quilos provenientes de voos de Lisboa e da Etiópia. O restante, entre 10 e 15 quilos, estavam em voos vindos da América do Sul (Argentina, Uruguai, Bolívia, Peru e Chile), Canadá, Estados Unidos e Emirados Árabes.
Foram retidos produtos de origem animal, como queijos, bacalhau, embutidos suínos (salame, presunto cru, presunto com osso – pata negra, bacon), mel e pescados (peixe, camarão, conchas, vieira). Entre os produtos de origem vegetal, havia castanhas, lichias, maçã, tâmaras, ervas diversas, sementes, raízes, folhas para chá, pós diversos à granel, pinhão, galhos e pepinos.
Vamp e Meg começaram a atuar no aeroporto de Guarulhos em junho deste ano, depois que um canil foi inaugurado especialmente para recebê-las. Elas foram treinadas no Centro Nacional de Cães de Detecção (CNCD), em Brasília.
(Fonte: Mapa)