Controlar eletrônicos com o pensamento

Controlar eletrônicos com o pensamento já é possível, afirma neurologista australiano

Controlar eletrônicos com o pensamento é coisa do futuro? Nem tanto. Para, Thomas Oxley, neurologista australiano, isso está mais próximo de se tornar realidade do que você imagina graças ao Stentrode – uma interface cérebro-computador implantável que coleta e transmite informações sem fio diretamente do cérebro. 

Com o projeto, Oxley pretende ajudar pessoas com paralisia, como a esclerose lateral amiotrófica (ELA), a controlarem computadores com a mente. “Ao contrário da maioria das outras interfaces cérebro-computador em uso ou em desenvolvimento — incluindo o sistema Neuralink de Elon Musk, que ainda não foi testado em humanos — o Stentrode não requer cirurgia cerebral invasiva para sua implantação”, disse Oxley em entrevista ao site Inverse. 

Vídeo: gfycat.com/@guminari

Para realizar os testes necessários, o neurologista está recrutando voluntários. Para isso, é necessário “inserir um computador” dentro do córtex motor do cérebro. O dispositivo detecta a atividade cerebral e a transmite para um telefone celular, por exemplo.

O procedimento para implantar o aparelho que consegue controlar eletrônicos com o pensamento não é muito complexo. Tudo leva cerca de duas horas e os pacientes já são liberados no mesmo dia, bem diferente da maioria das cirurgias grandes que envolvem o cérebro. Ao final do processo, o usuário tem a capacidade de digitar uma mensagem ou, até mesmo, enviar um e-mail, apenas com o pensamento.  

“O Stentrode é, essencialmente, um stent colocado na base do córtex motor. Atualmente, ele não é tão poderoso quanto um dispositivo inserido cirurgicamente no cérebro, mas é minimamente invasivo, eficiente e funciona de forma convincente para melhorar a qualidade de vida de pessoas paralisadas”, explica Oxley. 

Como controlar eletrônicos com o pensamento? 

Vídeo: gfycat.com/@guminari

Quando o Stentrode atinge o córtex motor, ele se abre formando um andaime ao redor da parede interna do vaso sanguíneo. Então, um fio é inserido em um dispositivo que fica logo abaixo da pele no peito da pessoa. Com isso, o aparelho é capaz de coletar os sinais do córtex e enviá-los para um decodificador que usa um algoritmo de aprendizado de máquina que os converte em comandos. 

Os primeiros testes foram realizados com quatro pessoas com paralisia dos membros superiores em Melbourne, na Austrália. Graças à tecnologia, elas conseguiram enviar mensagens de texto, navegar na Internet e se comunicarem usando apenas os pensamentos.  

“Vai começar inicialmente no córtex motor, porém, as coisas que aprendemos ao interagir com as células cerebrais nessa região serão as mesmas para o controle de outros domínios de função no cérebro. Então, assim que tivermos um produto que pode interagir com o córtex motor, vamos pensar em outras regiões do cérebro”, finaliza Oxley. 

(Com informações do Canal Tech)  

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