O crescimento dos alimentos Plant Based no canal Food Service dos EUA

A Associação de Alimentos à Base de Plantas (PBFA) e a Datassential publicaram um novo relatório, The State of Plant-Based in Food Service, que demonstra a evolução dos alimentos à base de plantas nos cardápios dos restaurantes nos EUA.

Após análise listei abaixo os principais pontos que mostram o crescimento dos alimentos Plant Based no canal Food Service.

Crescimento

Este relatório é importante, pois constatou que as alternativas à base de plantas aumentaram 62% nos últimos 10 anos, ou seja, desde 2012, a presença de alternativas vegetais nos cardápios aumentou 62%. Esse número tem crescido consistentemente – sem declínio – de cerca de 30% há dez anos.

Outro ponto importante é que mais operadoras de serviços de alimentação planejam aumentar suas opções de carne à base de plantas em 2023, enquanto 60% acreditam que as alternativas à base de plantas são uma tendência de longo prazo.

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Crédito: Plant Based Foods Association / Datassential

Macrotendências

Alimentos à base de plantas agora podem ser encontrados em 48,4% dos restaurantes dos EUA.

Quanto ao perfil dos estabelecimentos, em comparação com outros tipos de restaurantes, os estabelecimentos “fast-casuais” são mais propensos a oferecerem opções à base de vegetais, enquanto os restaurantes finos são os menos prováveis.

O termo “à base de plantas” teve o maior crescimento de todos os descritos, de estilo de vida e menu, por ex. “vegano”, “vegetariano”, etc.

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Crédito: Plant Based Foods Association / Datassentia

Percepções do consumidor

Quem são esses consumidores?

Praticamente 1/3 da população dos EUA mostra uma forte afinidade por alimentos à base de plantas. Esse número se inclina para mulheres, consumidores mais jovens, etnias asiáticas e negras e clientes casuais rápidos.

Quais preocupações? Muitos consumidores ainda expressam fortes preocupações sobre o sabor e a acessibilidade das refeições à base de plantas em restaurantes – de acordo com a PBFA, esses números aumentaram 6% desde 2021. Outros pontos são: valor e sabor, cerca de 1/3 dos consumidores pesquisados se preocupa em pagar caro por ingredientes à base de plantas ou não ficar satisfeito com o sabor de sua refeição.

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Crédito: Plant Based Foods Association / Datassential

Carne Vegetal

Espera-se que os hambúrgueres de carne à base de plantas dobrem sua penetração nos próximos quatro anos, superando os hambúrgueres vegetarianos em 2025, embora a penetração do hambúrguer Plant Based tenha diminuído durante o COVID.

Novas proteínas como crumbles*, frutos do mar e ovos à base de plantas tiveram o maior crescimento em 2022.

Quase 30% dos operadores de serviços de alimentação planejam adicionar mais carnes vegetais aos seus cardápios, e quatro vezes mais planejam aumentar suas ofertas de carne à base de plantas, em vez de removê-las em 2023, já para 60% dos operadores as alternativas à base de plantas representam uma tendência de longo prazo.

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Crédito: Plant Based Foods Association / Datassential

Leite e queijo sem lactose

A popularidade de alternativas não lácteas disparou em todos os segmentos e é especialmente forte em restaurantes casuais rápidos preocupados com a saúde.

O leite de aveia experimentou o maior crescimento nos cardápios depois de ser quase inexistente há apenas quatro anos, já o leite de amêndoa é a alternativa mais comum ao leite e vem crescendo nos últimos 4 anos.

O leite de coco aparece especialmente em menus tailandeses e indianos.

Oportunidade: O queijo não lácteo nos menus não é tão acessível, se comparado ao leite, já o queijo lácteo tradicional é encontrado em uma grande porcentagem dos cardápios dos restaurantes, o que significa que há um grande potencial de crescimento para queijos à base de plantas no canal Food Service.

Inovação

O relatório também observa que ofertas por tempo limitado, como por exemplo a colaboração da Beyond Meat com a KFC, podem produzir um impacto que leve a novas inovações, testes de consumo e expansão permanente do menu.

“Os alimentos à base de plantas são o braço da inovação para os operadores de serviços de alimentação e uma oportunidade fundamental para envolver um novo segmento de consumidores que procuram uma variedade de opções à base de plantas”, compartilhou Hannah Lopez, diretora de desenvolvimento de mercado da PBFA, Foodservice. “Esta pesquisa estabelece as bases de como os alimentos à base de plantas podem ser implementados para otimizar a estratégia geral de marca dos estabelecimentos de serviços alimentícios”.

Quer ter acesso ao relatório completo? Envie e-mail para contato@agnconsultoria.com.

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