O Plantio Direto é um sistema de produção bastante difundido no Brasil. Um estudo recente, contudo, propõe um novo Plantio Direto, que seria capaz de reduzir o uso de fertilizante em 14,5%, sem perder nada em produtividade.
O sistema, como já conhecemos, é conservacionista e visa uma produção que esteja em harmonia com a natureza. Ele se baseia em três pilares: o não revolvimento do solo, a sua cobertura permanente com plantas vivas ou palhadas e a rotação de culturas.
De acordo com a nova proposta, desenvolvida através da pesquisa realizada pela FertiSystem e pelo Instituto Senai, uma aplicação a taxas variáveis nas linhas de semeadura consegue reduzir, em média de 14,5% de fertilizante, mantendo a produtividade.
Para Evandro Martins, presidente da diretoria executiva do Parque Tecnológico do Agro – Tecnoagro e presidente da FertiSystem, esse novo Plantio Direto ajudará a responder perguntas importantes, tais como: Precisa ou não de fertilizantes na área analisada? Qual quantidade? Está em excesso? “Temos que pensar da mesma maneira que funciona com os seres humanos. É preciso também fazer o ‘exame de sangue’ no solo para saber sua condição e se está saudável ou não”, contou.
Além disso, houve também o desenvolvimento de um sensor, hardware de controle e um dispositivo que ajuda a prever a melhor forma de acoplagem para os maquinários antigos. “Nos testes, a quantidade de fertilizante aplicado com o uso da tecnologia por taxa variável foi de 11% a 18% menor que o da taxa fixa”, disse, em nota, a FertiSystem. Segundo a empresa, foi possível produzir mais com menos insumos.
Dessa forma, os dados obtidos no estudo apontam que, além do ganho em sustentabilidade, o produtor economiza dinheiro, já que usará muito fertilizante. “Outro ponto importante é da produtividade vinculada a um solo saudável e a presença maior da água”, conclui a empresa.
(Com informações Agrolink)
