Será que o mundo está preparado para se recompor em caso de catástrofe? Se hoje o grande desafio do agro é alimentar milhões de pessoas, o que aconteceria se algo realmente grave, como uma guerra nuclear, por exemplo, afetasse o planeta? Pensando em cenários como esses que descrevemos acima, o governo da Noruega criou, em 2008, o Svalbard Global Seed Vault, um Banco Mundial de Sementes.
Trata-se de uma grande estrutura que preserva a diversidade genética de milhares de culturas. O Svalbard Global Seed Vault foi construído a 100 metros dentro de uma montanha coberta de gelo permanente (permafrost) na ilha de Spitsbergen, no arquipélago norueguês de Svalbard. O banco possui salas gigantescas com diversas prateleiras contendo mais de um milhão de espécies e variedades de sementes importantes para a nutrição humana e animal.
O material chega de países do mundo todo e são mantidos em sacos contendo algumas centenas de espécimes da mesma espécie. Tudo é mantido a uma temperatura constante de -18°C. Todos os países do mundo podem enviar suas sementes. Eles se mantém proprietários de suas coleções e podem utilizá-las, caso os bancos de sementes em seu território tenham sido destruídos. Isso aconteceu uma vez quando o instituto Aleppo foi ocupado e destruído pelo ISIS. Os pesquisadores do Líbano conseguiram acessar o banco mundial de sementes e repor seu estoque nacional.
O local foi escolhido, porque as Ilhas Svalbard são bastante isoladas, mas facilmente alcançáveis com um voo regular. Outro motivo da escolha é o fato de a Noruega ser um país politicamente estável, onde não há guerras e nem revoltas. Além de tudo isso, o lugar apresenta as condições climáticas ideais para a conservação das sementes por longos períodos.
O Brasil envia amostras desde 2012. Ao todo, são mais de 5 mil amostras brasileiras guardadas. O país já possui arroz, milho, cebola, pimentas, melancia, pepino, abóboras, feijão no banco mundial.
E aí, você já conhecia o Banco Mundial de Sementes?
