Dados do Global Forest Watch apontam que em 2021, mais de 40% da perda de floresta nativas ocorreu no Brasil. A plataforma de monitoramento de florestas desenvolvida pela Universidade de Maryland mostrou ainda que o país perdeu cerca de 1,5 milhão de hectares de florestas tropicais primárias. Para tentar diminuir esse impacto ambiental, o professor e investigador da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro de Portugal (UTAD), António Valente, desenvolveu um sensor preparado para antecipar alertas de incêndios florestais.
Segundo Valente, os módulos de hardware contêm sensores de temperatura, humidade, pressão atmosférica e de CO2 e transmitem os dados através de uma rede sem fios LoRaWAN. “A agricultura inteligente em geral, mas principalmente quando os campos agrícolas são muito heterogéneos, como é o caso da Região Demarcada do Douro, requer um grande número de sensores para obter um controle efetivo e, assim, aumentar a produtividade”, disse.
Os sensores são de baixo custo, são fáceis de instalar e manter. Eles podem ser utilizados para medir parâmetros ambientais como temperatura do solo e do ar, velocidade, rajada e direção do vento, teor de água no solo, tensão da água e condutividade eléctrica, radiação solar, precipitação, pressão atmosférica e contagem de relâmpagos.
O professor explica que, quando for detectado um princípio de incêndio, uma rede eficaz de comunicação é acionada para que essa queimada seja controlada o mais rápido possível. O dispositivo está em fase experimental de aplicação simulada em territórios estratégicos e espera-se conhecer em breve os seus resultados.
(Com informações de Agrolink)