O mundo real está cada vez mais parecido com os filmes de ficção científica. Isso porque cientistas da Inglaterra cultivaram tecido humano vivo em robôs. Pierre-Alexis Mouthuy e um grupo de profissionais publicaram o artigo Humanoid robots to mechanically stress human cells grown in soft bioreactors mostrando se é viável criar tecidos, cultivando-os em sua posição final de uso.
Cultivar tecido humano em laboratório não é novidade. Contudo, tendões e músculos precisam ser mais flexíveis, tornando o processo um pouco mais complicado. Para isso, os cientistas construíram um biorreator flexível, que acompanhava o contorno de uma articulação óssea.
O local usado para cultivar as células era uma espécie de armação que mudada de forma quando o braço robótico se movia. Assim, as células cresceram acostumadas com a movimentação.
A nova tecnologia, segundo os cientistas, promete facilitar os processos de enxertos e implantes para pacientes. Mas, é claro, isso pode, e provavelmente será, utilizado para deixar os robôs cada vez mais parecidos com os humanos.
Algumas pessoas podem se perguntar: por que os robôs precisam de pele? Além de serem usados simplesmente para entretenimento, os robôs com pele humana poderiam ter outros fins, como serem usados para infiltração e espionagem.
A pesquisa mostrou que o tecido cresce de acordo com a quantidade de estímulo que sofre. Os dados coletados na pesquisa ainda estão sendo analisados para terem a certeza de que a movimentação afeta realmente a amostra.
Os pesquisadores já pensam, inclusive, em cultivar tecidos em modelos do esqueleto de pacientes impressos em 3D. Isso ofereceria perfeito encaixe para substituir tendões e músculos lesionados.
Os resultados são animadores, mas ainda é cedo para saber se realmente tudo vai sair como planejado.
(Com informações Meio Bit)