No mundo em que vivemos hoje é quase impossível não recorrer à tecnologia para facilitar a agilizar o trabalho. No agronegócio não é diferente. A internet é uma grande aliada na tomada de decisões de empresários rurais, principalmente neste cenário pós-pandemia onde quase tudo migrou para o ambiente virtual. De acordo com uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira Marketing Rural (ABMRA), o marketing digital tem transformado os negócios agro.
“No agronegócio sempre vai prevalecer o trabalho de campo, nada supera o contato pessoal, porém a tomada de decisão e principalmente a informação está cada vez mais no digital”, disse o diretor da OLMIX América do Sul, Murilo C. B Piva.
Marketing Digital
Para o CEO da TRIWI consultoria em Marketing digital, Ricardo Martins, o Marketing Digital tem conectado todos os segmentos do Agronegócio. “Desde pequenos produtores a grandes fornecedores de tecnologia. Não importa se você é produtor, fornecedor, multinacional ou uma startup, as ferramentas do Marketing Digital têm proporcionado resultados antes jamais vistos”, disse Martins.
Segundo o profissional, o avanço das tecnologias impactam positivamente as vendas. As ferramentas, de geração de leads, por exemplo, beneficiam, e muito, as equipes comerciais, que batem seus recordes de vendas, pois não dependem apenas dos métodos tradicionais de prospecção.
As redes sociais têm sido responsáveis por dar visibilidade a muitas companhias até então desconhecidas. Elas ganharam destaque no mercado simplesmente por abrirem um canal de diálogo bilateral.
Outro comportamento relevante mostrado na pesquisa, de acordo com o CEO, é que muitas empresas perceberam a importância de uma boa estratégia de marketing e vendas, que focasse para o novo comportamento de consumo nos últimos tempos.
A pesquisa mostrou ainda que 76% dos produtores usam o WhatsApp para fazer negócios e 74% usam a internet para se atualizar. O Facebook continua sendo importante como rede social, porém não para fazer negócios. Já o YouTube quase triplicou de importância em relação à pesquisa de 2017”, detalha Nicodemos, Presidente da ABMRA.
Os conteúdos relevantes, feitos com planejamento e propósito estão ganhando cada vez mais importância neste novo cenário, onde a instantaneidade de informações e rapidez prevalecem. Ricardo conta que com a digitalização das empresas, os consumidores mais distantes e até mesmo inalcançáveis, conseguiram de fato encontrar novos fornecedores.
O estudo revelou também que empresas tiveram aumento nas vendas apenas por colocar um site no ar, ou por aumentar seu reconhecimento de mercado, gerando conteúdo de qualidade nas redes sociais. A facilidade que a tecnologia proporciona mudou aquele cenário de produtos acessíveis apenas via catálogos e eventos.
Canais de comunicação tradicionais
Entre os meios de comunicação tradicionais, os produtores rurais preferem a TV aberta, seguida por rádio, TV especializada, jornal e revista. “Destaco a resiliência do meio rádio, que permanece muito importante no meio rural e também a confiança dos agricultores e criadores nas revistas e jornais”, comentou Nicodemos.
Segundo ele, um em cada quatro produtores participantes da pesquisa (26%) disse que “a revista é muito importante para me manter informado sobre o setor rural”. Para 30% os “jornais e revistas do agronegócio ajudam os profissionais do campo a inovar e aumentar os seus ganhos.” “O que vemos é a convergência de vários meios de comunicação com a necessidade de agilidade na tomada de decisão e interação, fator já previsto na 7ª Pesquisa ABMRA Hábitos do Produtor Rural, de 2017”, ressaltou.
Corrida tecnológica
O Vice presidente LATAM na Farmers Edge, Celso Luis Lara Macedo, afirma que a agricultura digital veio como instrumento de valorização da terra. Por exemplo, o uso de satélite em grandes propriedade e a telemetria, trazem dados e informações que auxiliam os produtores a executarem operações eficientes.
As inovações tecnológicas permitem ao produtor rural ter o máximo de produtividade e agilidade nas decisões, trazendo mais eficácia para o campo. “Se você não tiver uma atuação efetiva e com qualidade na internet, seus concorrentes terão e você perderá oportunidades de negócios. A velha máxima: o que não é visto, não é lembrado”, finaliza Ricardo Martins.
(Com informações do Agrolink)