O Brasil pode estar prestes a ter a sua primeira agtech unicórnio

Você sabia que o Brasil já tem 28 startups unicórnio — aquelas que são avaliadas pelo mercado em pelo menos US$ 1 bilhão? De acordo com a ABStartups (Associação Brasileira de Startups), esse número deve chegar a 100 nos próximos cinco anos. Porém, nenhuma delas, até agora, é focada no agronegócio. Até agora! A, Agrotools, plataforma digital de análise remota para empresas ligadas ao agronegócio, com sede em São Paulo, espera ser a primeira delas.  

Para o economista Sérgio Rocha, 62 anos, CEO e criador da  empresa em 2007, a ideia ao fundar a Agrotools era de levar informações organizadas ao agro, como um serviço que pudesse ser usado para análise de risco de financiamentos, seguros, transações de compra e venda, e que ajudassem na gestão dos negócios no campo e na agroindústria.

No ano de 2021 a empresa dobrou seu crescimento, chegando à marca de R$ 130 milhões em receitas. “Quando falamos de unicórnio, pensamos naquele bicho exótico e transformamos uma ideia impossível em possível”, contou Rocha. “Dentro dessa visão, eu diria que a gente já é um unicórnio no mundo brasileiro, porque tivemos que lidar com uma baderna de dados em um país que é quase um continente gigantesco para criar um novo linguajar capaz de monitorar o território.”

De acordo com ele, um dos maiores desafios no início da empresa foi construir do zero uma plataforma que agregasse todas as informações necessárias para que players do agro tomassem decisões com maior precisão e economia. Atualmente a plataforma é capaz de comparar dados da evolução da biomassa em uma área de cultivo e, consequentemente, seu potencial para plantio e riscos que podem surgir com períodos de seca ou alta incidência de chuva.

Para este ano de 2022 a empresa já tem metas traçadas. Um dos desafios é construir uma API (interface de programação de aplicações) por semana. Segundo a Forbes, “um API é um código que permite que dois programas de softwares se comuniquem entre si, ou seja, é o responsável pela integração de diferentes bases de dados do agro ao sistema da agtech.”

“Estamos construindo uma experiência one-stop-shop de inteligência para empresas que se relacionam com o agro”, ressaltou Rocha.  Trata-se de um local único para que empresários e produtores possam encontrar soluções, independentemente do tamanho do negócio. Uma análise socioambiental por meio da plataforma, com 20 cadastros geográficos e 20 análises, custa em torno de R$ 283 mensais. “Temos como objetivo democratizar o acesso à informação no setor e levar tecnologia para todo tamanho de empresa”, conta Rocha.

(Com informações da Forbes)

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