Imagine poder acessar, usando o seu celular, os dados de mercado de trigo, frutas, legumes e verduras em tempo real, negociar em ambiente nacional e internacional, contratar câmbio para as operações de importação, frete (marítimo ou rodoviário), seguro de crédito e outras transações? Isso já é realidade graças à OpenSolo. Startup cria “bolsa de valores” para comercialização de trigo e FLVs para integrar operações de compra e venda dos produtos e serviços.
Com a OpenSolo, o usuário pode fazer contato diretamente com os compradores ou fornecedores dos serviços para conclusão dos negócios. Isso tudo sem intermediários. De acordo com a empresa, o modelo de marketplace, conhecido como Tudo em Um (One Stop Shop), reúne o que é relevante para as cadeias produtivas sem abrir mão da qualidade e rapidez das negociações, segurança e auditoria dos processos.
“Queremos uma ferramenta poderosa e capaz de executar todos os processos de negócio de forma rápida e segura, liberando tempo dos nossos clientes para o foco em expansão e inovação de seus modelos de negócio”, de acordo com o cofundador e CEO, Eduardo Gradiz.
Gradiz afirma que o “mundo analógico” demanda tempo e energia excessivos e a agtech busca unir o melhor dos dois mundos, o humano e a tecnologia, preservando as relações e a proximidade entre os agentes com a escalabilidade e alto grau de customização que a tecnologia de hoje proporciona.
A ferramenta também estará pronta para integração com seus clientes a partir de APIs. “Todas as transações geradas na plataforma poderão ser carregadas para o sistema financeiro-contábil a partir das nossas APIs. Fomentar a governança é palavra-chave dentro do nosso modelo”, reforça o executivo.
A ideia de criar um mercado digital de nicho surgiu como consequência da trajetória dos sócios, Gradiz como executivo na indústria de trigo, e de João Paulo Borges, especializado em FLV. “Começamos a desenvolver a empresa há um ano, agora deixando a incubação para levar a ferramenta ao mercado. Momento de grande entusiasmo”, afirma Gradiz.
A empresa é financiada pelos próprios sócios e conta, inicialmente, com 15 colaboradores, todos com grande vivência no agro e na área de tecnologia. A monetização virá por meio de comissões pagas pelos vendedores, como já acontece no mundo analógico, além daquelas pagas pelos parceiros provedores de serviço. A OpenSolo começa com escritórios em São Paulo, Uruguai e Espanha.
Com visão de longo prazo, os sócios não se baseiam em métricas de performance tradicionais. “Nosso propósito está em ser útil aos nossos clientes. Escala e crescimento são importantes, mas como consequência do produto imbatível que gera valor e é reconhecido por isso. Enxergamos forte crescimento após início da fase de testes, que começa em agosto com um grupo selecionado de clientes”, prevê Gradiz.
(Com informações da Ag Evolution)