Economia circular de mãos dadas com o agro e o meio ambiente

A natureza é um organismo vivo! Ela é tão inteligente, que se autorregula em um processo cíclico, mantendo a harmonia e o bom funcionamento de todo o sistema. O ser humano, contudo, desestabilizou essa estrutura e agora o mundo discute iniciativas e práticas sustentáveis para diminuir os impactos das atividades humanas. A Semana do Meio Ambiente, celebrada entre os dias 5 e 9 de junho surgiu para trazer luz a esse debate e a economia circular pode ser a solução para esses problemas.

Vivemos em um planeta genial. A energia vem toda do sol e tudo o que é “lixo” vira alimento para outra espécie. O equilíbrio é perfeito. Afinal, as coisas nascem, morrem e se transformam em energia. O ser humano, entretanto, desequilibra essa balança.

O que é economia circular?

O sistema produtivo da atualidade explora os recursos naturais e acumula seus resíduos. Os produtos já são fabricados com validade programada e eles são descartados depois dessa data. A isso, damos o nome de obsolescência programada. De acordo com informações da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgadas pelo site eCycle, ao compararmos com os países da América Latina, o Brasil é o campeão de geração de lixo, produzindo cerca de 541 mil toneladas por dia.

Mas, segundo informações da Fiesp, a Economia circular traz um novo padrão, que associa crescimento econômico a um ciclo de desenvolvimento focado no uso mais eficiente dos recursos naturais e aumento da competitividade da indústria, com a administração de estoques finitos e fluxos renováveis. Com um conceito baseado na inteligência da natureza, ela surge para solucionar e minimizar o impacto humano no meio ambiente.

Solução sustentável e econômica

Para Lívia Baldo, especialista em gestão de resíduos e gerente da Tera Ambiental, destinar os resíduos orgânicos a um processo de reaproveitamento colabora na diminuição, por exemplo, da pressão sobre os aterros. “Segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) esses locais deveriam receber somente os rejeitos que não podem mais ser reciclados, tem como objetivo a transformação do material em produtos de valor agregado, como adubos orgânicos para uso na agricultura. Esses fertilizantes compostos são ricos em nutrientes e ajudam a fomentar uma das atividades mais importantes do País, diminuindo a dependência brasileira por insumos importados”, destaca.

A profissional explica que por ano, a empresa realiza o tratamento de cerca de 740 mil metros cúbicos de efluentes advindos das mais diversas atividades industriais, além dos resíduos sólidos que composta junto ao lodo gerado na ETE Jundiaí. O resultado disso vem em forma de fertilizante! Ao todo, são 30 mil toneladas por ano. É a economia circular fazendo seu papel.

Livia lembra que o processamento de resíduos proveniente das indústrias, colabora com o desenvolvimento de ações sustentáveis e incentiva a economia circular, fazendo desses materiais um ativo importante para empresas, setor produtivo e, principalmente, para a proteção ambiental.

Além do mais, todo o insumo obtido no processo é extremamente eficiente e seguro para uso na agricultura, inclusive em alimentos diretos como frutas, legumes e verduras.

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