O mundo pode sofrer uma catástrofe cibernética nos próximos dois anos, caso a cibersegurança não se torne uma prioridade para os países. O assunto foi um dos temas discutidos no Fórum Econômico Mundial, em Davos, e serviu como alerta.
Para entendermos a importância da cibersegurança, vamos pensar por um minuto. Quantos dados pessoais você compartilha em sites ou aplicativos na internet para fazer compras? São senhas, números de cartões de crédito e até endereço. Essas informações precisam ser bem protegidas.
Agora, imagine isso em um nível ainda maior, com transações de empresas e, até mesmo, governos. Esses dados devem estar longe dos olhos dos criminosos da internet. A cibersegurança faz esse papel de proteger as informações e torná-las disponíveis apenas a pessoas autorizadas.
De acordo com o primeiro-ministro da Albânia, Edi Rama, se o cibercrime fosse um estado, ele seria a terceira maior economia do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da China. O PIB seria de US$ 10,5 trilhões. Em 2015, por exemplo, o cibercrime já movimentava US$ 3 trilhões, segundo um relatório desenvolvido pela empresa Cybersecurity Ventures e divulgado pela Forbes.
O Global Cybersecurity Outlook 2023, apresentado durante o fórum, mostra que 93% dos profissionais que cuidam da segurança cibernética de empresas e países também pensam da mesma forma. Segundo Jeremy Jurgens, diretor administrativo do Fórum Econômico Mundial, esse número é muito superior aos das pesquisas anteriores.
O estudo mostrou ainda que 86% dos líderes mundiais acreditam que a instabilidade geopolítica pode acarretar em um evento cibernético mundial de grandes proporções nos próximos dois anos. Inclusive, a preocupação sobre o tema veio à tona, e com maior intensidade, após a onda de ataques cibernéticos que ocorreram após o início do conflito entre Rússia e Ucrânia.
(Com informações da Forbes)
