O MilkPoint, maior portal sobre lácteos do mundo divulgou um levantamento exclusivo sobre a produção leiteira no Brasil. O Rankink, chamado de Top 100, é realizado desde 2001. Segundo o site, o objetivo é ranquear e levar ao conhecimento de todos quem são os 100 maiores produtores de leite do Brasil!
O ranking mapeia a produção das propriedades por volume de leite produzido. “Além da produção de leite comercializada no ano anterior, obtemos das fazendas diversas outras informações que nos ajudam a ter insights importantes a respeito deste complexo setor, sob a ótica das maiores fazendas”, divulgou o site especializado.
O levantamento mostra que a produção total das fazendas Top 100 alcançou 931.049.998 litros de leite. Houve um aumento de 10,63% em relação à 2020. Esse crescimento já vem de anos anteriores. Comparada a 2001, a média dos Top 100 cresceu 289,8%, enquanto a produção formal cresceu 89,4% e a produção total cresceu 67,3% (valor estimado pela Equipe MilkPoint Mercado, visto que os dados oficiais ainda não foram divulgados pelo IBGE)
A importância dos Campos Gerais
Uma curiosidade interessante apontada pela pesquisa é que a cidade que mais possui fazendas participantes do Top 100 é Carambeí/PR, com 8 propriedades. Em seguida temos Castro/PR com 5 fazendas, e Arapoti/PR com 4. O resultado evidencia a região dos Campos Gerais do Paraná como uma importante bacia leiteira do País.
As 8 fazendas localizadas em Carambeí totalizaram 95,34 milhões de litros de leite produzidos
em 2021, representando 10,24% da produção total dos Top 100 2022. A cidade de Castro, com 5
fazendas, produziu 65,95 milhões de litros e Arapoti, com 4 fazendas, 29,42 milhões de litros. Isto representa, respectivamente, 7,08% e 3,16% da produção total das fazendas presentes no levantamento.
Superando resultados
É interessante ressaltar que, mesmo diante das dificuldades, houve aumento na produção dos Top 100. Segundo o relatório do MilkPoint, “isso evidencia uma gestão diferenciada do negócio por parte
deste grupo, enquanto, olhando para o Brasil como um todo, o que se observou foi altos índices de
diminuição de produção, abate/venda de animais e saída da atividade, que refletiram na captação
total de leite (-2,4% em relação ao ano anterior)”.
O resultado também vai ao encontro ao índice Receita Menos Custo de Ração (RMCR), calculado pelo MilkPoint Mercado. Nele, é possível observar um forte recuo na rentabilidade do produtor frente a 2020 e 2019.
A partir do segundo semestre de 2020 vemos uma maior variação de custos para produção de volumosos, em função da grande inflação de preços de fertilizantes, defensivos e outros insumos usados na produção agrícola de silagens de milho e outros volumosos, fez recuar, em proporção maior do que o RMCR, o indicador RMCA (Receita Menos Custo
da Alimentação), que inclui o volumoso fornecido para as vacas em lactação. Assim, a queda de rentabilidade do produtor no período foi maior do que sugere a análise apenas considerando o RMCR.
O relatório mostrou que a maioria dos produtores pretende aumentar a produção em 20% nos próximos 3 anos (44%), 32% pretendem expandir de 20 a 50% e 11%, quer crescer mais de 50%. Apenas 13 propriedades responderam que não tinham intenção de expandir.
Para ver o relatório completo, com o ranking das 100 maiores produtoras de leite, clique aqui.