O programa Adjuvantes da Pulverização, iniciativa de caráter público-privado do Centro de Engenharia e Automação (CEA), do Instituto Agronômico (IAC), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP, lançou um dispositivo chamado de “túnel de vento”. Segundo os desenvolvedores, ele é capaz de aliviar a deriva de agroquímicos como herbicidas, fungicidas, inseticidas e acaricidas
De acordo com o coordenador do programa adjuvantes da pulverização, Hamilton Ramos, o equipamento é capaz de produzir resultados semelhantes aos obtidos com modelos importados de última geração, que valem acima de US$ 1 milhão.
Ramos explica que uma quantidade de agroquímico “escapa” do alvo de uma aplicação, no ato da pulverização. Vários fatores podem contribuir para que isso ocorra, desde a ação do vento até o acréscimo de adjuvantes inapropriados à calda da pulverização de um agroquímico.
“Adjuvantes têm por função agregar efeitos como espalhante, umectante e penetrante. Produtos de baixa qualidade e funcionalidade não comprovada causam deriva e trazem problemas ambientais, agronômicos e à saúde do trabalhador rural, entre outros”, explicou.
O túnel de vento do programa representa, portanto, um avanço ao conhecimento atrelado à relação entre adjuvantes e deriva. “Simplificado em sua estrutura de engenharia, o equipamento possibilita análises altamente confiáveis e a custo acessível”, comentou.
As principais características do túnel de vento são o formato cilíndrico, diâmetro de aproximadamente 1 metro e 8,40 m de comprimento. “Estão acoplados ao equipamento pontas de pulverização e também um reservatório, para armazenagem da calda de pulverização e do adjuvante, além de um mecanismo para ‘aspiração’ dos produtos em estudo e a medição de deriva”, concluiu.
(Com informações do site Agrolink)