Uma pesquisa desenvolvida pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), em parceria com a SP Ventures e o Homo Ludens Research and Consulting e apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) mostrou que desde 2019 o número de agtechs – startups de tecnologia para o agronegócio – cresceu 40%.
O estudo intitulado “Radar Agtech Brasil 2020/2021” aponta que o país possui 1.574 agtechs em atuação, mais do que os 1.125, mesmo em um ano atípico de pandemia. O estado de São Paulo mantém a liderança em quantidade de agtechs, com 48% do total, mas a Região Nordeste foi onde o estudo encontrou o maior número de novos empreendedores, em comparação com a edição de 2019.
A pesquisa ainda identificou 78 instituições que investiram e apoiaram o empreendedorismo de startups do setor agropecuário no Brasil. Iniciativas assim, como é o caso do Digital Agro Connection, possibilitam o acesso a oportunidades de incubação, aceleração e investimentos.
Essa informação é muiro importante para que as agtechs consigam obter recursos e capital para atingir suas metas de crescimento. De acordo com a pesquisa, são 223 agtechs nacionais beneficiadas pelas instituições que aportaram recursos financeiros e/ou de gestão, com destaque para a Região Sudeste, sendo que 62% delas estão no estado de São Paulo.
O mapeamento atualizado das startups traz o panorama nacional das empresas de base tecnológica para o agronegócio, contribuindo para dar maior visibilidade ao ecossistema de empreendedorismo e apoiar as políticas públicas.
A nova edição apresenta uma análise sobre os efeitos da pandemia nesse mercado. Conta também com um resumo em inglês que ressalta os principais resultados do mapeamento, com o perfil das agtechs e informações sobre os principais investidores dessas startups.
Além disso, o estudo avalia novas possibilidades no contexto da cooperação técnico-científica e complementaridades entre Brasil e China no mercado agroalimentar e na inovação e empreendedorismo agrícola.
Os chineses ocupam o segundo lugar entre os principais ecossistemas empreendedores mundiais, conforme o relatório Global Startup Ecosystem Report 2020 (GSER), da Startup Genome.
Na seção sobre o panorama do ecossistema de inovação, o estudo indica perspectivas tecnológicas, destacando ainda os programas de relacionamento com startups, especialmente as iniciativas desenvolvidas pela Embrapa.
Outras duas seções apontam as expectativas brasileiras frente ao comportamento global de venture capital com foco em agtechs, relacionadas a potenciais impactos positivos e riscos associados a suas operações.
A disponibilização dos dados do Radar Agtech Brasil 2020/2021 aos usuários do site, por meio de mapa e gráficos interativos, constitui uma plataforma de BI (Business Intelligence) que passou a ser fornecida a partir deste ano.
“Isso permite ao usuário visualizar e localizar de maneira fácil e rápida uma startup de seu interesse, além de permitir uma visão panorâmica de todo o conjunto de dados levantados e analisados”, afirma o chefe de P&D da Embrapa Instrumentação, José Marconcini.
(Com informações do AG/Evolution)