Bancada do agro quer anulação de questões do ENEM por cunho ideológico

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) publicou, na segunda-feira (6), uma nota solicitando um posicionamento urgente do governo federal a respeito de três questões do primeiro dia de prova do Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM), aplicada no domingo (5). De acordo com o texto, as perguntas 89, 70 e 71 (referentes à prova de cor branca) são de “cunho ideológico e sem critério científico ou acadêmico”.

A FPA afirma que as questões são “mal formuladas, de comprovação unicamente ideológica e permite que o aluno marque qualquer resposta, dependendo do seu ponto de vista”. Os parlamentares ligados ao agro dizem ainda que isso gera um negacionismo científico contra o setor que traz segurança alimentar e que representa toda a diversidade da agriculta. “Somos um só e não aceitaremos a divisão para estimular conflitos agrários”, diz a nota.

O grupo fala também que o Brasil é o único país do globo no qual o próprio governo propaga desinformação sobre sua principal atividade econômica. “A ineficiência do Estado Brasileiro está exposta. A vinculação de crimes à atividade legais no Brasil é um critério de retórica política para encobrir a ausência do Estado no desenvolvimento de políticas públicas eficientes e de combate a ilegalidades. Não permitiremos que a desinformação seja propagada de forma criminosa entre nossa sociedade, como foi feito durante os anos anteriores do governo atual”, diz um trecho do texto oficial. (clique para ler a nota na íntegra)

Em entrevista ao site G1, o órgão do governo que é responsável pela elaboração da prova disse que o banco de questões do ENEM é desenvolvido por professores independentes que são selecionados por edital. “O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) não interfere nas ações dos colaboradores selecionados para compor o Banco”, informou o órgão.

Também por meio de uma nota, a ONG Associação De Olho No Material Escolar (DONME) garante que esse episódio “retrata mais uma vez o distanciamento da educação brasileira da realidade do agronegócio atual”.

Segundo a DONME, será expedido um ofício à Presidência da Comissão de Educação na Câmara dos Deputados para reforçar a urgência disso, além de sugerir a criação de um canal permanente de diálogo com as autoridades que tratam desse e de outros tópicos importantes.

(Com informações da FPA, G1 e DONME)

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