O sol artificial coreano e seus recordes de temperatura

A corrida pela energia do futuro atingiu um marco significativo recentemente. O que aconteceu quando cientistas sul-coreanos alcançaram uma temperatura recorde de 100 milhões de graus Celsius em uma bola de plasma, mantendo-a por 50 segundos. Assim, este impressionante feito foi realizado como parte do projeto KSTAR (Pesquisa Avançada Supercondutora Tokamak da Coreia), estabelecendo o reator como um verdadeiro “sol artificial” coreano.

O experimento foi conduzido por uma equipe de pesquisadores do Instituto Coreano de Energia de Fusão (KFE). E representa um avanço notável na busca pela fusão nuclear controlada. Para isso, o reator de fusão utilizado é um dos mais avançados do mundo. E também é conhecido por seu potencial de replicar as condições que ocorrem no núcleo do Sol para o sol artificial.

O segredo para este recente recorde reside nos novos componentes integrados ao reator. Isso permite que ele mantenha uma temperatura excepcionalmente alta por um período significativamente prolongado. Dessa forma, o reator permaneceu operacional por 48 segundos, uma melhoria considerável em relação ao recorde anterior do sol artificial.

Rumo ao futuro: ITER e além

Os cientistas sul-coreanos estão otimistas. Eles acreditam que os avanços alcançados com o KSTAR pavimentarão o caminho para o Reator Termonuclear Experimental Internacional (ITER), projetado para ser o maior reator de fusão do mundo. Assim, esta colaboração internacional representa um esforço coletivo para dominar a fusão nuclear como uma fonte viável de energia.

Apesar das conquistas notáveis, os desafios persistem. Por isso, alcançar e manter temperaturas tão extremas é uma tarefa monumental, exigindo uma compreensão profunda da física do plasma e tecnologias avançadas de controle. Assim, durante o desenvolvimento dessa tecnologia revolucionária, é crucial que consideremos cuidadosamente questões relacionadas à sustentabilidade e segurança.

O caminho a seguir

Os próximos passos da pesquisa envolvem a busca pelo Santo Graal da fusão nuclear. Produzir um plasma de 100 milhões de graus que permaneça ativo por mais de 300 segundos no sol artificial. Os planos ambiciosos para alcançar este objetivo até meados de 2026. Para isso, os cientistas continuam a empurrar os limites do conhecimento humano em sua busca por uma fonte de energia limpa e abundante.

À medida que avançamos em direção a um futuro cada vez mais dependente de fontes de energia renováveis e sustentáveis, os esforços para dominar a fusão nuclear ganham uma importância ainda maior. O sucesso do projeto KSTAR representa não apenas um avanço científico impressionante, mas também um passo significativo em direção a um mundo movido por uma energia mais limpa e acessível para todos.

Fonte: TecMundo.

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