Distribuição de insumos inovadora

Para impulsionar a produção sustentável, tecnologia e inovação são aliadas poderosas na distribuição dos insumos.

O agrônomo Rodrigo da Silveira Campos explica que durante a Revolução Verde, ocorrida nas décadas de 60 e 70, recursos físicos e biológicos foram considerados como “insumos agrícolas”: máquinas e mão de obra. Assim, esses recursos destinavam-se a aumentar a produção. Contudo, não havia, nestas décadas, a preocupação com sustentabilidade que existe atualmente. Com o passar do tempo, a necessidade de adaptação frente a um cenário de mudanças climáticas e de preservação da biodiversidade contribuíram para o desenvolvimento da distribuição de insumos inovadora.

Insumos

Atualmente, existe a disponibilidade de alimentos. Entretanto, existe um grande problema relacionado à distribuição, o que é um assunto complexo. A agricultura não é apenas um negócio, pois vai além do ato de plantar. Envolve também planejamento, interação social e estar bem informado.

Campos explica que desde a menor escala, que é a agricultura familiar, todos produtores estão inseridos nesse contexto. Assim, mesmo os agricultores mais simples acompanham as notícias e se preocupam com os preços dos produtos que cultivam, além de estarem cada vez mais atentos às previsões meteorológicas, que se tornam mais precisas a cada dia.

Nesse sentido, com a democratização da informação e das tecnologias, há a necessidade de uma distribuição de insumos inovadora. Isso visa uma agricultura mais sustentável, sem ignorar a realidade cotidiana dos agricultores, dedicando um olhar cuidadoso para os problemas do séc. XXI. 

Uma distribuição de insumos inovadora visa melhorar a utilização dos recursos, diminuir o desperdício e reduzir os efeitos sobre o meio ambiente. Assim, novas tecnologias na agricultura transformam a maneira como cultivamos alimentos. Desde drones que coletam informações sobre as produções até robôs que realizam tarefas de plantio e colheita. Portanto, essas inovações estão auxiliando os agricultores a aumentar a produtividade, reduzir os custos e promover a sustentabilidade, promovendo a distribuição de insumos inovadora.

Algumas tecnologias promissoras 

Entre as tecnologias mais promissoras para a distribuição de insumos inovadora está a agricultura de precisão, que utiliza sensores e análise de dados para obter informações detalhadas sobre o solo. Esses dados possibilitam decisões mais informadas sobre plantio, irrigação e fertilização.

Por exemplo, a agricultura de precisão pode identificar áreas vulneráveis a condições climáticas adversas, pragas ou doenças. Assim, com base nessas informações, os agricultores podem ajustar seus métodos de cultivo, como a irrigação e a rotação de culturas, minimizando os riscos e otimizando os rendimentos.

Outra tecnologia promissora é o uso de drones para monitoramento de colheitas. Esses dispositivos capturam imagens de alta resolução das plantações, permitindo ações imediatas para conter problemas localizados e evitar danos maiores. Essa abordagem reduz a necessidade de pulverização generalizada de defensivos, promovendo práticas agrícolas mais sustentáveis.

Além disso, a robótica está ganhando destaque na agricultura, com o desenvolvimento de robôs capazes de realizar diversas tarefas no campo, como plantio, deservagem e colheita. Esses robôs não apenas reduzem a dependência de mão de obra, especialmente em tarefas de alto risco, mas também melhoram a precisão e a eficiência das operações agrícolas.

Essas inovações não apenas promovem a sustentabilidade, mas também oferecem benefícios significativos para os agricultores. Alguns deles são a redução de custos, proteção da saúde dos trabalhadores e aumento da eficiência produtiva.

Barreira à distribuição de insumos inovadora

Existem desafios significativos a enfrentar, e para abordá-los, entidades como as Instituições de Pesquisa Científica e Tecnológica (ICTs) estabelecem parcerias com empresas, abrangendo desde pequenas startups até multinacionais, além de colaborações com instituições acadêmicas e universidades.

Nesse contexto, os volumes de recursos destinados à transferência de tecnologia para o setor produtivo, em todas as esferas rurais, apresentam um crescimento considerável. A colaboração entre essas instituições visa a antecipação e a resolução ágil de desafios emergentes.

Diversos obstáculos surgem na implementação e democratização da tecnologia avançada no campo. Um desses desafios diz respeito aos custos e à acessibilidade da tecnologia, onde os fabricantes de produtos inovadores muitas vezes enfrentam a necessidade de realizar investimentos substanciais, refletindo em preços elevados no mercado.

Além disso, a infraestrutura também é uma preocupação, incluindo acesso à internet em áreas rurais, fornecimento confiável de energia elétrica e disponibilidade de equipamentos necessários para utilizar essas tecnologias em regiões remotas ou com infraestrutura deficiente.

Enfim, os desafios regulatórios no Brasil são uma realidade constante, o que frequentemente dificulta a introdução de novos produtos ou métodos em nosso país. Portanto, isso é especialmente evidente quando se considera a complexidade das leis internacionais, onde alguns países podem ter regulamentações desatualizadas ou restritivas em relação às inovações na distribuição de insumos agrícolas, como sementes, fertilizantes e agroquímicos.

Portanto, para viabilizar a adoção dessas tecnologias de maneira segura e eficaz, é essencial estabelecer um ambiente regulatório favorável e atualizado.

Fonte: Campo & Negócios

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