Conforme divulgou o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) antecipou para março do ano que vem a mistura de 14% de biodiesel ao diesel (B14). Com a medida, a previsão é que a proporção chegue a 15% (B15) já em 2025.
Especialistas afirmam que essa medida é importante, já que ela deve evitar a emissão de cerca de cinco milhões de toneladas de CO2 na atmosfera e, ainda, reduzir a importação do combustível fóssil. “O Brasil é capaz de produzir combustíveis de alta qualidade e mais sustentáveis. Temos que apostar na transição energética e transformar o Brasil em um país ativo e altivo”, afirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que estava presente na 42ª reunião da CNPE.
Além do aumento da mistura de biodiesel, também será estudada a viabilidade do aumento da adição de etanol à gasolina, dos atuais 27,5% para 30%.
O ministro da Agricultura e Pecuária em exercício, Irajá Lacerda, ressaltou como um dos principais pontos positivos a suspensão da importação do biodiesel e a instituição de Grupo de Trabalho que vai estudar os impactos econômicos dessa medida.
“É o compromisso do governo federal com as pautas sociais, ambientais e econômicas”, comentou Lacerda. Isso porque o setor já conta com capacidade de expansão da produção, porém, a antecipação do calendário e os grupos de trabalho garantem previsibilidade para a realização dos investimentos.
Com o crescimento da demanda por biodiesel, estima-se a geração de cerca de 14 mil empregos até 2024. Além disso, o aumento da demanda de matéria-prima, sobretudo o óleo de soja, será de 13,83 milhões de toneladas do grão até 2025, quando será adotado o B15.