Após a confirmação de foco de influenza aviária em uma criação doméstica de subsistência, no município de Bonito (MS), o Japão suspendeu temporariamente a importação de ovos, aves vivas carnes de aves e seus subprodutos oriundos do Mato Grosso do Sul. O anúncio foi feito pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) na terça-feira (19).
O Mapa informou ainda que já tomou as medidas necessárias para solução do problema. “As medidas sanitárias estão sendo aplicadas pelo Serviço Veterinário Oficial para contenção e erradicação do foco, bem como estão sendo intensificadas as ações de vigilância em populações de aves domésticas na região. Não há estabelecimentos avícolas industriais nas áreas de risco epidemiológico ao redor do foco”, diz o Mapa em nota. Conforme explica o ministério, a comercialização com outras unidades federativas se mantém.
Não é a primeira vez que o Japão suspende importações de frango do Brasil. Em julho a mesma situação aconteceu em Santa Catarina e antes disso no Espirito Santo. Mas, apesar da medida, o Brasil é considerado livre de influenza aviária de alta patogenicidade pelos critérios da Organização Mundial de Saúde Animal. Isso porque o órgão considera que o problema impacta o status sanitário de um país apenas quando o caso ocorre em granjas comerciais.
Efeitos do embargo
Segundo dados do Mapa, o Mato Grosso do Sul exportou ao país asiático 17% do total exportado de carne de frango in natura em 2022. Isso significa que o estado deve sofrer um grande impacto, enquanto o embargo for mantido.
A nota do ministério ainda afirma que até o momento não foram encontrados focos da doença em produções comerciais. Assim, o Brasil segue com status livre de influenza aviária de alta patogenicidade.
O Brasil atualmente é o líder de exportações de frango para o mundo, respondendo por 35% do mercado global. “Segundo dados do AgroStat [sistema de estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro], Mato Grosso do Sul exporta ao país [Japão] 18,4% de sua produção de carne de frango in natura”, finaliza o Mapa.
(Com informações da CNN e Agência Brasil)
