O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou, na última terça-feira (22), a certificação do algodão brasileiro à Yuan Fei, presidente da Chinatex, estatal chinesa com foco na indústria têxtil. Conforme explicou o Mapa, a certificação possibilita a garantia de veracidade dos laudos dos laboratórios de análises de fibras dentro dos padrões internacionais de qualidade com chancela do Ministério da Agricultura e Pecuária.
Fei garantiu que o objetivo da estatal é promover o algodão brasileiro na China. A Chinatex, que é a maior compradora do algodão brasileiro no país asiático comprou 400 mil toneladas de algodão do Brasil nos últimos cinco anos.
Durante a audiência, que reuniu os dirigentes da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e representantes da empresa chinesa Minghong Chen, Shuwen Deng, Kai Weng e Zhuoer Li, o ministro Carlos Fávaro anunciou o programa de produção sustentável de alimentos do mundo, que prevê a recuperação e conversão de 40 milhões de hectares de pastagens de baixa produtividade em áreas agricultáveis em dez anos para dobrar a área de produção de alimentos no Brasil sem desmatamento. Segundo ele, Brasil e China têm o respeito recíproco com o compromisso ambiental de preservação do meio ambiente.
Estatísticas do Sistema de Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro (AgroStat), mostram que em 2022 o Brasil exportou para a China US$ 3,68 bilhões em produtos do agronegócio. Do total, 30% (US$ 1,08 bilhão) equivale ao algodão não cardado e não penteado.
De acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção brasileira de algodão em caroço está estimada em 7,4 milhões de toneladas, o equivalente a 3 milhões de toneladas de algodão em pluma.
A comitiva estatal chinesa visitou regiões produtoras e fazendas de algodão no Mato Grosso e Bahia e conheceu o processo de classificação de algodão e também conversou com autoridades do setor agrícola nacional.
(Com informações do Mapa)