Como o bombardeio russo a portos de grãos na Ucrânia afeta o mercado global de alimentos?

Um dia após anunciar suspensão do acordo que permitia que a Ucrânia exportasse grãos, o Porto de Odessa e o Porto de Mykolaiv sofreram bombardeio da Rússia. Os ataques aconteceram na noite de segunda-feira (17) e madrugada desta terça-feira (18).

Segundo o governo russo, o armazenamento de combustível no Porto de Odesa e uma fábrica de drones marítimos foram atingidos. Os russos garantiram ainda que os ataques aconteceram como forma de retaliação aos ataques da Ucrânia contra a principal ponte rodoviária para a Crimeia, na segunda-feira (17)

Em uma rede social, o prefeito Oleksandr Senkevich desabafou sobre o ocorrido. “É muito sério”, disse. Já o chefe da equipe presidencial, Andriy Yermak, disse tratar-se de “mais uma prova de que o país-terrorista quer colocar em risco a vida de 400 milhões de pessoas em vários países que dependem das exportações de alimentos ucranianos”.

Como isso afeta o mercado global de alimentos?

A Ucrânia é um dos maiores exportadores mundiais de girassol, milho, trigo e cevada. Com o acordo, negociado no ano passado pela Turquia e pela Organização das Nações Unidas (ONU), Kiev poderia exportar grãos de seus portos e navegar com segurança pelo Mar Negro.

Contudo , após o anúncio do seu fim, os preços dos produtos já apresentaram aumento. Agora, a Ucrânia precisa encontrar rotas alternativas para não correr o risco de acontecer um desabastecimento de grãos no mundo e, consequentemente, aumento nos preços.

Com o fim desse pacto e o bombardeio dos portos, outro risco é que vários países africanos e do Oriente Médio podem sofrer escassez se alimentos, pois eles dependem da importação dos grãos ucranianos. “Com aproximadamente 80% dos grãos da África Oriental sendo exportados da Rússia e da Ucrânia, mais de 50 milhões de pessoas na África Oriental estão passando fome e os preços dos alimentos dispararam quase 40% este ano”, disse na semana passada, Shashwat Saraf, diretor regional de emergência para a África Oriental no IRC.

No comunicado, Sarafa fez um apelo aos envolvidos, para que fizessem uma extensão do acordo a longo prazo para criar “previsibilidade e estabilidade” para a região.

(Com informações da CNN Brasil, G1 e Veja)

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