ESG: pesquisa aponta que ‘social’ é o pilar mais considerado pelo agro

A sigla ESG (ambiental, social e governança, em português) está ganhando notoriedade nas empresas pelo mundo. O termo é espécie de métrica usada para nortear boas práticas de negócios. A ideia está, inclusive, ganhando força no campo. De acordo com uma pesquisa desenvolvida pela HR Tech Mereo, plataforma integrada de gestão de pessoas, o setor se rendeu ao ESG e o pilar mais considerado pelas empresas do ramo é o ‘social’.

Segundo a pesquisa, 100% empresas do setor, que responderam ao questionário, têm métricas ESG. Apesar disso, apenas 50% voltam-se para os três pilares da agenda. O mais considerado por elas é, definitivamente, o social. Governança aparece em segundo lugar, seguida de ambiental.

Focando em cada pilar individualmente, o estudo revelou que quando se trata do social, o foco é voltado às estratégias de relação com colaboradores (73%). Nesse quesito, as empresas se preocupam com saúde e segurança (28%), treinamento e desenvolvimento (19%) e clima organizacional (19%), respectivamente.

Já em governança, o foco está nas boas práticas de gestão (61%), na saúde fiscal (26%) e saúde financeira (13%). Na agricultura e pecuária, envolve o uso ético da terra, práticas trabalhistas justas e fornecimento responsável.

O estudo conclui ainda que as empresas que priorizam uma boa governança tem a chance de aumentar a confiança dos investidores, atrair mais capital e construir relacionamentos sólidos com os stakeholder, embora pilar seja um desafio.

No pilar ambiental o setor prioriza o consumo de energia (50%), regulação ambiental (25%) e gestão de resíduos e reciclagem (25%).

Quando falamos em ESG, o comum é atribuir as suas práticas às empresas de grande porte e atuação internacional. Isso acontece, geralmente, porque as corporações de fora do país precisam ser transparentes sobre suas ações, o que pode causar impacto direto em stakeholders, atração de investimentos e impacto de reputação entre consumidores.

Mas, apesar de a implementação dessas práticas terem recursos e capacidades de implementação distintas em empresas grandes e pequenas, é fato que elas têm o poder de, em ambas, melhorarem a imagem da companhia, abrir oportunidades de negócio e atrair investidores e clientes que valorizam esses aspectos.

“Companhias que adotarem estratégias e modelos de negócios alinhados às melhores práticas de ESG se diferenciarão no mercado e criarão bases mais seguras de crescimento”, afirmou Ivan Cruz, cofundador da Mereo. “Por isso, é fundamental o foco em temas relevantes e estratégicos. Ainda, que sejam capazes de responder à crescente demanda dos stakeholders por informações claras e seguras”, completa.

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