O uso da madeira de pau-de-balsa também se mostra como uma alternativa viável para a recuperação de áreas degradadas nos locais de extração de ouro.
No Brasil, uma pesquisa conduzida em parceria pela Embrapa Florestas, Embrapa Agrossilvipastoril, UFMT, Coogavepe, UEM e Unicamp, descobriu que bioextratores feitos a partir das folhas da árvore pau-de-balsa podem ser uma alternativa sustentável ao mercúrio na extração de ouro.
Dessa forma, o estudo está em uma nova fase. Fase essa que visa identificar formulações de bioextratores que sejam competitivas tanto na extração quanto na redução dos impactos à saúde dos trabalhadores e ao meio ambiente. Assim, essas folhas já são usadas artesanalmente para esse fim na região de Chocó, na Colômbia.
Além disso, em uma etapa subsequente, a pesquisa também abordará o sistema de produção da árvore pau-de-balsa. Uma vez que essa espécie florestal pode ser uma opção para a recuperação de áreas degradadas nos próprios garimpos. Isso possibilitaria o estabelecimento de plantações no mesmo local de produção do bioextrator, permitindo a criação de uma biofábrica local.
Dessa forma, além de fornecer matéria-prima na forma de folhas, as árvores de pau-de-balsa podem contribuir para a revegetação da área afetada, criando condições favoráveis para o crescimento de outras espécies florestais.
No final do ciclo de crescimento, a madeira de pau-de-balsa também poderia ser explorada de maneira sustentável. O pesquisador da Embrapa, Maurel Behling, destaca essa perspectiva.
Qual a finalidade do ouro?
Além da fabricação de joias e como ativo financeiro, o ouro está em diversos produtos. É, por exemplo, componente de placas de computadores, telefones celulares, televisores e câmeras.
Assim, seu uso se dá também em tratamentos de saúde, terapias para o câncer, reumatismo, malária, tratamentos homeopáticos e dentários. Afinal, todos esses usos se devem às suas propriedades favoráveis à condutividade elétrica, resistência à corrosão e a boa combinação de propriedades físicas e químicas.