Startup brasileira desenvolve robô que faz a colheita autônoma de maçã 

A colheita de maçã exige cuidado constante. Por necessitar de uma série de cuidados, atualmente ela é feita manualmente. Porém, a Autofarm, startup da Serra gaúcha, está prestes a iniciar os testes em um robô que faz a colheita autônoma de maçã. Um equipamento conceito, que possui um robô industrial e câmera 3D, será testado e submetido a situações reais de funcionamento. 

De acordo com Tobias Grazziotin, um dos fundadores da startup que lidera a iniciativa, o período da colheita é um dos mais importantes. “A empresa optou por, estrategicamente desenvolver um protótipo conceito que tem como único propósito o amadurecimento e validação de um dos maiores desafios do equipamento, o sistema de identificação e retirada da fruta, o conceito final terá outra cara e agregará progressivamente o restante das soluções envolvidas com o processo da colheita”, explica. 

Imagem: Divulgação
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A dificuldade de contratação de mão de obra temporária é um dos principais gargalos do setor. Então, o Robô Autônomo de Colheita facilitará essa etapa. Ele terá uma plataforma autônoma, que se movimenta de forma independente pelo pomar, apanhando as frutas por meio de braços robóticos e funcionará com o auxílio da Inteligência artificial. 

“Estamos bem avançados na parte que envolve a engenharia mecânica da colheitadeira, porém a sazonalidade da colheita e o somatório das variáveis a que estamos expostos em campo aberto, tornam o desenvolvimento total do equipamento complexo e demorado, por isso os testes do protótipo em campo são fundamentais para avançarmos em direção a viabilidade técnica e econômica do conceito final”, explica Grazziotin. 

O robô que faz colheita autônoma de maçã deve levar cinco anos para ficar pronto, devido à complexidade da tecnologia envolvida. “Não existe, atualmente, um equipamento comercialmente disponível que consiga atender de forma eficiente essa necessidade, o que comprova o grau de dificuldade envolvido no projeto”, destaca o CEO. 

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Com o produto em mãos, o produtor terá uma série de benefícios, como a eliminação do alto número de contratações de mão de obra temporária e insalubre, a previsibilidade de custos de produção e a capacidade de expansão da área plantada. “A digitalização da colheita permitirá que o agricultor tome decisões mais assertivas sobre a gestão da produção, controle de pragas e adubação do solo. A inteligência artificial também permitirá definir estrategicamente a distribuição dos Bins pelo pomar, auxiliando a solucionar mais este complexo desafio enfrentado pelos produtores”, conta Grazziotin. 

A Autofarm recebeu o primeiro investimento em novembro de 2022 e agora se prepara para nova rodada de investimento na intenção de dar continuidade ao desenvolvimento da solução.

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