Você diria que as novas tecnologias facilitam a vida das pessoas? Olha, podemos dizer que nem sempre é assim. O deepfake, por exemplo, é uma tecnologia que utiliza a inteligência artificial para trocar o rosto de pessoas em vídeos de maneira bem convincente. E é exatamente essa incrível semelhança com a realidade que representa perigosa.
Para que um deepfake seja criado não existe nenhuma dificuldade e nem é necessário nenhum conhecimento específico ou manipulação manual. Basta carregar o vídeo original em um dos aplicativos criados para isso e ver a mágica acontecer.
Mas, apesar de impressionante, existe uma grande preocupação em torno dessa tecnologia: o uso criminoso. Um exemplo disso são os vídeos pornográficos. Conforme divulgou o site G1, um relatório da empresa Sensity mostrou que nudes falsos de mais de 100 mil mulheres estavam sendo compartilhados na internet.
Contudo, os criadores dos vídeos manipulados não se limitaram ao conteúdo adulto. Existem diversos vídeos de personalidades do mundo todo falando algo que nunca disseram ou estando em locais que nunca foram. Um dos mais famosos casos mostrava o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, falando sobre dados roubados do Instagram.
Deepfake e as crianças
O acesso de crianças à internet é outra preocupação. O assunto, inclusive, está sendo tratado na novela “Travessia”, na rede Globo. Na trama a personagem Karina (vivida pela atriz Danielle Olímpia) conversa com quem acredita ser uma amiga virtual, mas na verdade era um criminoso com voz e rosto modificados.
Como identificar e denunciar um deepfake
Se você receber um vídeo com conteúdo duvidoso, fique atento para não cair em armadilhas. Assista o vídeo mais de uma vez, em velocidades diferentes. Atente-se ao rosto, boca, olhos e sobrancelha e busque alguma falha na imagem.
E mais do que ficar atento, sempre que receber algo suspeito, evite compartilhar o conteúdo se tiver certeza de que o que está sendo dito é verdade. Busque informações em sites confiáveis de notícias.
