Não é somente os “Cringes” ou “Boomers” que sofrem na era digital, a Geração Z também não está preparada para lidar com algumas tecnologias.
Primeiramente, é preciso entender que a guerra intergeracional, entre a Geração Z e os Millennials, já está aconteceno e você provavelmente já deve ter visto muita coisa sobre ela nas suas redes sociais. Os zoomers (também conhecidos como Gen Z) procuraram sua rede social favorita, TikTok, para declarar guerra aos millennials, ou mais precisamente, à cultura milenar, considerada estranha.
Uma pausa rápida para entender melhor quando começa e termina uma geração:
- Baby Boomers – nascidos entre 1944 e 1964;
- Geração X – nascidos entre 1965 e 1979;
- Millennials (Geração Y) – nascidos entre 1980 e 1994;
- Geração Z – nascidos entre 1995 e 2015.
De volta ao texto:
Em 2020, a geração do milênio está na faixa etária entre 26 e 40 anos. Em grande parte, essa geração cresceu no início de uma crise financeira global e em meio a uma enorme aceleração da tecnologia digital. É uma geração definida como um grupo mais diversos e socialmente liberal do que os nascidos nas gerações anteriores.
47% desta geração dizem que a internet é a única coisa sem a qual não podem viver. Apesar de parecer ganhar mais do que as gerações anteriores, a geração do milênio não tem muito dinheiro disponível. O impacto de estabelecer um relacionamento via mídia social é enorme.
A geração do milênio responde por 54% das compras online, 22% da Geração Y usa aplicativos para comprar mantimentos. 83% não se preocupam com a segurança ao fazer compras online. 60% preferem comprar marcas genéricas, 40% analisam avaliações e depoimentos online antes de comprar qualquer produto.
A Geração Z tem uma sede incessante de conteúdo e as redes sociais, como Instagram e Twitter, são formas de suprir essa necessidade. Mais de 50% não entra em uma agência bancária há pelo menos três meses. Obtenha dicas de sites de comércio eletrônico de um único produto e concentre-se nos principais atributos e informações do produto.
Nativos digitais?
A Geração Z é marcada por jovens que nasceram e cresceram plenamente na era digital. Os Z são basicamente aqueles nascidos entre 1995 e 2010. Eles se sentem e se definem como ‘tech-savvy’ e concebe a tecnologia como parte da realidade.
As características que nos ajudam a identificar facilmente um nativo da geração Z são: humanista e maduro. Sensibilizados e empenhados: têm um elevado conceito de consciência social e voluntariado. Trabalhadores focados: eles enfrentam seus problemas de forma decisiva, flexível e pessoal. Possuem perfil empreendedor: têm predisposição para empreender e ser seu próprio patrão.
A Geração Z está mudando profundamente o setor educacional, pois valoriza mais o ensino e o aprendizado. 85% da Geração Z acreditam que conectar-se com a tecnologia é a chave para construir um futuro melhor. A Geração Z são nativos digitais, pois possuem um ecossistema natural formado por smartphones e tablets. Eles se comunicam por WhatsApp e praticamente carregam a tecnologia em seu código genético.
Os Z prefere modelos de educação mais personalizados, com cursos e formações mais curtas, focadas e adaptadas às necessidades de cada indivíduo. Mais de 80% dos jovens desta geração utilizam aparelhos eletrônicos, como celulares e computadores, para tirar e editar fotos, gerar conteúdo, consultar informações.
Eles cresceram no mundo das redes sociais. Eles são nativos sociais, pois aproveitaram a internet para socializar, ao contrário dos Millennials, que eram nativos digitais, mas ainda não cresceram com as melhores mídias sociais. O tempo médio de uso de um aplicativo ou página inicial (landing page) de um site é inferior a oito segundos.
O impacto da tecnologia na saúde mental dos Z
Entender o impacto da tecnologia na saúde mental dos jovens é essencial para encontrar soluções de tratamento. A maioria das plataformas e aplicativos de mídia social são projetados intencionalmente para prender a atenção dos usuários pelo maior tempo possível. Muitos deles estão intrinsecamente relacionados ao desejo de autoafirmação e, quase sempre, ao medo da rejeição.
O uso excessivo de redes sociais, jogos violentos e aplicativos de filmes e séries podem levar a sintomas de depressão, ansiedade patológica, isolamento social e privação do sono. Na juventude, o excesso de tecnologia faz com que o indivíduo passe a maior parte do tempo interagindo virtualmente, o que prejudica o desenvolvimento e o faz perder outras experiências sociais importantes.
Outro problema que os Z enfrentam é o vício em jogos, é uma doença que causa descontrole que leva à perda da liberdade. Além disso, o problema foi comparado a casos de dependência química. As consequências mentais e físicas são muito parecidas com os efeitos que as drogas ilícitas causam no corpo de um jovem.
As inseguranças decorrentes de questões emocionais são facilmente percebidas pelos colegas durante a interação nas redes sociais. Na juventude, a sensibilidade e as emoções estão à flor da pele, o que aumenta a probabilidade de se ofender com mais facilidade. Nos casos mais extremos, esses ataques recorrentes de cyberbullying podem até levar à automutilação ou ao suicídio.
Estudo com 10 mil jovens canadenses de 12 a 14 anos revelou que quem passa mais de cinco horas por dia nas redes sociais tem mais de 50% de chance de sofrer de depressão. Para os jovens, a exposição constante a imagens que sugerem vidas perfeitas é suficiente para reduzir a autoestima e levar a um sentimento de inferioridade.
Geração Z e a tecnologia no local de trabalho
Os trabalhadores da Geração Z tendem a estar bem equipados para editar fotos e vídeos de seus telefones ou usar criadores de sites como Squarespace e Wix. Eles cresceram usando aplicativos para trabalhar e estão acostumados com a facilidade dos sistemas operacionais da Apple. A HP cunhou a expressão “vergonha tecnológica” para descrever como os jovens se sentem sobrecarregados ao usar ferramentas básicas de escritório.
Pesquisa: um em cada cinco jovens trabalhadores de escritório relatou “sentir-se julgado por ter problemas técnicos”. O que eles sabem vem dos aplicativos que usam em seu próprio tempo, não dos suprimentos de tecnologia da Office Depot.
Os jovens também esperam que tudo seja fácil. Aplicativos como Instagram e TikTok são muito fáceis de usar. Quando não é, eles são mais propensos a desistir. “Leva cinco segundos para aprender a usar o TikTok”, disse ele. ‘Você não precisa de um livro de instruções como precisaria de uma impressora.’
Por fim, é importante frisar, que os trabalhadores da Geração Z parecem mais dispostos a aprender e podem se adaptar rapidamente a novas habilidades. Eles estão acostumados com tentativa e erro, mas aprendem rápido.