Uma pesquisa desenvolvida pela Ipsos revelou uma crescente preocupação dos brasileiros com novas fontes de energia, novas alternativas para combater a poluição ambiental e as mudanças climáticas no Brasil e no mundo. O estudo, feito em 34 países e intitulado de ‘Global Views On Sustainability’, mostra que os investimentos dos governos em novas tecnologias sustentáveis são a principal medida a ser tomada para a proteção do meio ambiente.
De acordo com os dados apresentados, seis em cada dez brasileiros (61%) citam o maior investimento em tecnologias ecológicas, como as novas fontes de energia, painéis solares, carros híbridos e elétricos, entre outras. A média global é de 68%. Chile e Colômbia, com 81%, lideram o ranking. O Japão é o último colocado com 46%.
O assunto foi tratado, durante todo o mês de novembro, na 27ª sessão da Conferência das Partes (COP27), promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU). O evento, realizado desde 1995, reuniu os líderes de praticamente todos os países globais.
Incentivos a produtos e serviços sustentáveis
Ainda segundo a pesquisa, 59% dos brasileiros acreditam que o governo deveria fornecer mais incentivos à produção de produtos e serviços mais sustentáveis. Para 53% dos entrevistados no Brasil o país deveria repensar a política de preços para produtos ou serviços eco-friendly. Eles deveriam ser mais baratos. Já os produtos e serviços que poluem o ambiente, mais caros.
Impostos sobre carne vermelha e laticínios
Em relação ao aumento de impostos sobre alimentos que contém maior teor de carbono, como carne vermelha e laticínios, o cenário se altera: apenas 21% dos brasileiros são favoráveis ao aumento da taxação. A média mundial entre os países pesquisados, neste caso, é de 29%.
Investimento em ciclovias
O investimento em ciclovias também foi um ponto importante do estudo. Cinco em cada dez brasileiros (50%) apoiam que os governantes invistam na expansão do espaço viário para pedestres e ciclistas.
A média global neste cenário é de 49%. A Indonésia, com 75%, lidera o ranking, seguida por Peru (71%) e México (70%). O Japão, novamente, com apenas 28%, é o último colocado.
A pesquisa foi realizada entre agosto e setembro de 2022, com 22.528 entrevistados, em 34 países, sendo eles: a África do Sul, Alemanha, Austrália, Argentina, Arábia Saudita, Bélgica, Brasil, Canadá, China, Chile, Colômbia, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Holanda, Hungria, Índia, Indonésia, Irlanda, Itália, Japão, Malásia, México, Peru, Polônia, Portugal, Romênia, Suécia, Suíça, Tailândia e Turquia.
(Com informações da assessoria de imprensa)