A AgFoodVentures, empresa criada em 2020 no município de Varginha, em Minas Gerais, desenvolveu uma plataforma de investimentos baseada na blockchain e focada no desenvolvimento de agfoodtechs. A plataforma aplicará o conceito de smart money e garantirá segurança e transparência da tecnologia blockchain.
De acordo com o fundador e CEO da AgFoodventures, Alain Marques, em entrevista para a Forbes, “a iniciativa, além do aporte, oferece às startups o acesso a uma rede de investidores abertos a ajudar com mentorias e abertura de mercado, além de abrir oportunidade para qualquer pessoa aportar junto aos maiores especialistas do setor”. Marques também é líder do comitê de agfoodtechs da Associação Brasileira de Startups e membro do conselho da Agroven, clube de investidores agro no Brasil. A empresa, além de atuar no Brasil, possui parcerias em outros locais, como Israel e também no Vale do Silício.
Segundo ele, ao mesmo tempo em que os investidores do agronegócio não conseguem investir diretamente em startups agrifoodtechs, essas empresas carecem de investidores “smart money” —são aqueles investidores que podem além de investir nas startups, também aplicar seu conhecimento e networking para ajudá-las a crescerem com agilidade.
No Brasil, de acordo com o Radar Agtech Brasil 2022, realizado pela Embrapa, SP Ventures e Homo Ludens, existem 1.703 agtechs ativas. Esse número representa 8,2% a mais do que em 2020/21. Ainda assim, os EUA continuam sendo o maior mercado do mundo para investimentos em agfoodtechs, com 41% do capital investido. O Brasil aparece como o 6º que mais investe no setor e em 5º com o maior número de startups investidas.
Marques garante que é graças aos cientistas e empreendedores, que utilizam muita ciência, tecnologia e inovação, que o Brasil é hoje uma potência no agronegócio. “Hoje, com um modelo mais acelerado das startups, temos a chance de não só liderar a produção de commodities, mas também agregar valor com muita inovação tecnológica em toda a cadeia de valor do agronegócio, seja antes, dentro ou após porteira”, finaliza.
(Com informações da Forbes)