Os transportes são responsáveis por gerar um quinto das emissões gerais de CO2 no mundo. E embora a aviação represente uma parcela muito pequena deste total (2,5%), o setor recebe muitas críticas em relação a esse tema. Para tentar solucionar o problema, a empresa Alder Fuels está desenvolvendo um combustível à base de grama e pretende começar a testá-lo em aeronaves já em 2023.
O novo biocombustível pode, finalmente, ajudar a resolver o problema ambiental gerado pelos combustíveis fósseis, já que a eletrificação não é ainda uma opção para os voos intercontinentais. Já a gramínea, de acordo com a empresa de Bryan Sherbacow, é carbono negativo, já que, além de retirar o CO2 da atmosfera com a fotossíntese, também sequestra carbono no solo através das raízes. Portanto, ao contrário dos combustíveis comuns, o combustível à base de grama colabora com o meio ambiente, ao invés de agredí-lo. Ponto positivo!
O Alder Greencrude — nome dado ao combustível à base de grama — também poder ser usado para substituir outros produtos derivados do petróleo, como produtos químicos e plásticos. Para este projeto inovador, a Alder está trabalhando em parceria com a Universidade de Illinois.
A empresa, que já trabalha com os biocumbustíveis sustentáveis, utiliza apenas biomassa lenhosa. Ela também utiliza os resíduos da cana-de-açúcar, que muitas vezes são queimados.
O combustível à base de grama é econômico?
Se o combustível à base de grama chegar ao preço prometido pela empresa, ele garantirá um futuro promissor e muito lucrativo à aviação, tornando-se um poderoso substituto do petróleo. De acordo com a empresa, o preço do seu biocombústível pode chegar a US$ 1,20 o galão. O atual preço do petróleo bruto fóssil (WTI bruto) é de US$ 77,20 o barril, o que equivale a US$ 1,84 o galão.
Os voos de teste utilizando o novo biocombustível deverão ocorrer em 2023 e serão realizados em parceria com a Boeing, United Airlines e General Electric. Demonstrações também estão planejadas com a Gulfstream e a Rolls Royce.
(Com informações da Forbes)