A fermentação de precisão é um dos processos biotecnológicos utilizados na fabricação de produtos alimentícios para reduzir o aumento da produção de gases de efeito estufa.
O estudo destacou que as alternativas ao ovo tiveram uma participação significativa na receita do mercado de fermentação de precisão no ano de 2021. Quanto aos microrganismos, divididos em leveduras, fungos, microalgas e bactérias, destacou-se que as algas tiveram uma participação substancial.
A fermentação de precisão foi nomeada uma das sete principais tendências na indústria de proteínas alternativas. A biodiversidade do Brasil pode ser uma vantagem nessa área. O Mapeamento do Estágio de Desenvolvimento da Tecnologia de Fermentação Aplicada a Proteínas Alternativas no Brasil será iniciado em novembro de 2022. O estudo também poderá orientar ações de reguladores, legisladores, empresas, professores e pesquisadores da área.
Solução para um futuro sustentável?
A fermentação de precisão está tirando do mercado produtos lácteos à base de proteínas e gorduras análogas às de origem animal. Os cientistas estão transformando fungos e bactérias em minimoinhos de proteínas, gorduras, óleos, enzimas, pigmentos, aromas e texturizantes. Ao oferecer a possibilidade de um futuro mais sustentável, saudável e diversificado, a fermentação de precisão faz brilhar os olhos dos consumidores e capitalistas de risco.
Só no primeiro trimestre de 2022, 20 negócios, fechados em 12 países, movimentaram US$ 500 milhões em investimentos. Das foodtechs fundadas entre 2019 e 2021, 65% investigam a produção de gorduras e óleos para a indústria de laticínios.
Em apenas um ano, a israelense Remilk valorizou dez vezes e hoje está avaliada em US$ 325 milhões. Apesar do entusiasmo, as startups ainda têm grandes desafios a serem superados. Eles devem melhorar a eficiência da produção, escalar novos ingredientes e alimentos. Um litro de leite, obtido por fermentação de precisão, por exemplo, pode custar até quatro vezes mais que seu equivalente animal.
