inteligência artificial no combate a praga da soja

Inteligência artificial no combate a pragas da soja

Desenvolver sistemas preditivos para o combate da ferrugem- asiática e do mofo-branco, principais doenças da soja. Este é o projeto do Centro de Inteligência no Agronegócio (Cia Agro), em parceria com professores da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Além de pesquisadores de instituições públicas voltadas ao desenvolvimento rural para o uso da inteligência artificial no combate a pragas da soja

Cenário atual

Com o prazo de dois anos de desenvolvimento, a principal meta do projeto é integrar subprojetos das áreas das Ciências da Computação e das Ciências Agrárias, além de desenvolver parcerias com empresas, universidades, cooperativas e startups. Proposta que integra o conceito de Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação (Napi) do Paraná, o Cia Agro nasceu em 2020 e conta com o apoio da Fundação Araucária. O projeto está apto a receber investimentos privados durante o período de elaboração.

Segundo Marcelo Canteri, CEO de Projetos do Cia Agro e professor da UEL, as primeiras ações previstas têm como objetivo:

  •  a automação da rede de monitoramento de manejo da ferrugem-asiática;
  • o desenvolvimento de modelos preditivos e prescritivos para o controle do mofo-branco.

Além disso, também serão incorporados resultados de projetos focados na privacidade de informações contidas em imagens registradas por veículos aéreos não tripulados (drones). Bem como na integração de informações climáticas, com o objetivo de fazer uso da inteligência artificial no combate a pragas da soja

Os pesquisadores da UTFPR e do Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR-PR),  são os responsáveis por automatizar a leitura da presença de esporos de ferrugem detectados em coletores de esporos espalhados pelo estado. 

“Esta automatização da leitura de armadilhas caça-esporo já será implementada nesta próxima safra (2022/2023), permitindo economia de tempo na apresentação de resultados de presença de esporos na região geográfica do plantio de soja no Estado”, informa Canteri.

Inteligência artificial para lidar com as pragas  

No entanto, as pragas não são um problema apenas da soja, isso porque também afetam outras culturas como feijão, tomate, batata, algodão, entre outros. De acordo com estudos, o mofo-branco atinge cerca de 30% do território nacional. Ele surge a partir da a ação de um fungo fitopatogênico (Sclerotinia sclerotiorum) habitante do solo. 

Mas, a nível de Brasil, o mofo-branco causa perdas econômicas que podem chegar a US$ 1,47 bilhão anuais. A grande preocupação é com a ferrugem asiática, causada por um fungo (Phakopsora pachyrhizi). A praga pode ocasionar perdas de até 100% da lavoura, sendo identificada através do aparecimento de manchas escuras inicialmente no terço inferior da planta. 

Com informações de: O Perobal. 

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