Arthur Igreja, um dos palestrantes da feira ExpoFrísia e Digital Agro, que este ano acontecem de forma simultânea, disse em sua apresentação que a inovação deve ser algo simples. À primeira vista parece uma frase singela, porém, ao tentar colocar isso em prática, percebe-se o contrário. Não é simples ser simples.
Durante três dias, a feira agropecuária voltada à tecnologia digital no campo apresentou aos visitantes físicos e à distância – parte da programação também pode ser vista online – qual é o caminho para uma produção sustentável e rentável. Para atender essa necessidade do cooperado/produtor, é importante que ele saiba como está e para aonde quer ir.
Opções para ele aumentar sua produtividade, por exemplo, a feira demonstrou com tecnologias que vão de pulverização via drone a ordenha automatizada passando por aplicativos que orientam a melhor forma para plantar. Mas em qual situação ele irá usar é que complica. Perguntas como “está precisando dessas tecnologias?”, “quais delas?”, “em quais situações?”, “o custo-benefício atende?” são chave para a melhora do desempenho.
A simplicidade em uma inovação só será atendida quando tiver um foco, um planejamento, uma estratégia de atuação, caso contrário, será perda de tempo e dinheiro qualquer implementação descoordenada.
A feira termina neste sábado, dia 29, e atendeu plenamente sua proposta de levar o que o mercado e os centros de pesquisa têm de melhor, entregando praticamente na porteira do produtor, a alguns passos de sua propriedade.
O campo, com a ExpoFrísia/Digital Agro, conhece todas a ferramentas necessárias para enfrentar qualquer mudança que possa vir. Ele não está mais sozinho, tem um norte e possiblidades para continuar crescendo.
Talvez a simplicidade destacada por Igreja para alcançar a inovação possa ser simbolizada pelo “autoconhecimento”. Entendendo a sua maneira de produzir e quem/como quer atender, o produtor alcançará plenamente a inovação.