Os defensivos agrícolas são produtos usados para o controle de seres vivos considerados prejudiciais à lavoura. Eles têm a função de defender as plantas do ataque de plantas daninhas, insetos ou das doenças que possam atingir o ciclo da cultura.
Eles são essenciais na lavoura. Pensando em melhorar ainda mais a eficácia desse produto, a startup brasileira NanoScoping Soluções em Nanotecnologia desenvolveu um biopesticida em nanocápsulas do tamanho de um vírus. A tecnologia conta com um pedido de patente e já recebeu certificação para uso na agricultura orgânica, de acordo com o portal especializado AgroPages.
A linha Nano Agro é composta de três produtos: Nano Agro Neem (inseticida), Nano Agro Crop (fungicida e bactericida) e Nano Agro Total (fungicida, bactericida e inseticida). Eles são feitos a partir de compostos de origem natural, então são biodegradáveis e biocompatíveis e podem ser usados em uma série de culturas agrícolas, como milho, morango, tomate e alface.
A base dos produtos já é utilizada na agricultura orgânica: melaleuca, neem, citronela e orégano. Os óleos essenciais são encapsulados em nanopartículas – impossíveis de serem vistas a olho nú. Com esta tecnologia inovadora, é possível aumentar a penetração e espalhabilidade dos princípios ativos na planta. Os óleos essenciais também são bastante voláteis e evaporam ao serem aplicados. De acordo com a sócia da startup, Maria Beatriz da Rocha Veleirinho, quando você consegue colocar uma estrutura em volta dessa molécula, você consegue prendê-la, como se fosse uma célula. Então os óleos ficam mais tempo na superfície de uma folha, tornando-se mais eficazes.
Testes com universidades e instituições de pesquisa comprovam a eficiência dos produtos: redução de 47% a 97% no crescimento bacteriano em tomates; redução de 78% a 83% no crescimento fúngico em morangos; redução de 99% a 100% no crescimento bacteriano em pimentões. Outras pesquisas sobre a eficiência continuam sendo realizadas.
A startup conta com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
(Com informações de Agrolink)